quinta-feira, 7 de novembro de 2013

TERRA EM TRÂNSITO III

  • Mauricio Pássaro
  • TERRA EM TRÂNSITO
  • A indústria cruel e selvagem do biscoito de polvilho. Por trás dos engarrafamentos de trânsito, há um plano sórdido sendo posto em prática. Fiquei sabendo e vou compartilhar. Pode ser que o trânsito engarrafado gere um prejuízo de milhões, em contratos desfeitos, prazos e clientes perdidos, alimentos deteriorados. Mas, uma indústria está faturando alto com isso, além dos postos de gasolina, lojas e oficinas mecânicas.
  • Não falarei nem dos consultórios psiquiátricos e das clínicas de ortopedia que trabalham de maneira tácita. Veja, leitor, por si mesmo. Trata-se da poderosa indústria dos biscoitos de polvilho. Unida a um grupo de empresas de garrafinha de água, ela afronta a economia do restante do país. Ninguém pode com ela, nem mesmo o agronegócio e as atividades do pré-sal, que já tentaram se unir à rica indústria automobilística, com subsídios generosos do BNDES, e mesmo assim não conseguiram decifrar ou desmontar o aparato financeiro da indústria polvilhesca, a sua complexa engenharia, a sua logística sem lógica, que reflete uma política agressiva no mercado.
  • Entidades estão reunidas em Amsterdam para investigar uma suposta formação de cartel patrocinada pela FVBPERJ (Federação dos Vendedores de Biscoito de Polvilho em Engarrafamentos do Estado do Rio de Janeiro). Agora, o que ninguém desconfia: o plano criado para causar os engarrafamentos. Ou você pensou que tudo se engarrafa assim tão naturalmente, e se desengarrafa, por passe de mágica?
  • As indústrias obtiveram preciosas informações da Armagedon Consultoria S/A, empresa contratada a peso de ouro, que orientou o cartel a colocar pregos em ruas precisas, de modo a fazer furar os pneus dos veículos e assim parar o trânsito. Não era um plano bobo. Não era qualquer rua, nem qualquer tipo de prego. Não era para amadores. As indústrias resolveram pagar mais caro, o plano Premium, que incluía óleo na pista e uma equipe de teatro preparada para encenar um arrastão, com metralhadoras verdadeiras, usadas em Israel, tudo com o selo de qualidade do tráfico internacional.
  • A Armagedon tem representantes lobistas nos parlamentos. Tão forte é o lobby, que já se desconfia de que metade dos feriados criados por lei teve esse propósito – a venda de biscoito de polvilho e garrafas d’água.
  • Estamos falando de quilômetros diários de engarrafamentos em grandes cidades. São toneladas de biscoito direcionando o mercado, fazendo pressão no dólar (e nos hipertensos, por causa do excesso de sódio) e fazendo oscilar o grau de confiabilidade de investidores no Brasil. O biscoito de polvilho elegerá o próximo presidente. Dos EUA. Obama sucumbirá frente a essa potente e insurgente indústria brasileira: seu sistema de defesa antiespionagem é o mais moderno do mundo. Os EUA não conseguirão obter informações da tecnologia polvílhica (coisa de cientista mineiro), do biscoito, que possui, como a coca-cola, uma fórmula secreta, com a diferença de que ainda não apareceram ratinhos em nenhum dos sacos vendidos, pelo menos até agora. Sim, depois de dominar o Brasil, a indústria vai espalhar milhões de franquias pelos engarrafamentos do mundo, e no estrangeiro somente se ouvirá pelas ruas: - Ô, cookies! Ô, water!
  • Maurício Pássaro www.acolunadoservidor.comVer mais
     

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