Meninos, vou lhes falar,
Agora vou lhes contar
Neste cordel nordestino,
muitas coisas que aprendi
E nunca mais esqueci,
Desde o tempo de menino
Foi nessa literatura
que curti muita cultura.
Toda noite no sertão,
Com meu pai que está no céu
Recitei muito cordel
Pra fugir da solidão.
Com a luz de candeeiro,
Eu garoto bem fagueiro,
Toda noite recitava
Pras pessoas reunidas
As histórias compridas
Que todo mundo gostava.
Meus pais sempre convidavam
As pessoas que passavam
Para ouvir a leitura
Dos bons versos de cordel
Histórias no papel
Em boa literatura
Havia histórias engraçadas
Que causavam gargalhadas.
Todos ficavam contentes.
Ouviam com atenção
Aquela recitação
Ansiosos e frementes
Meus pais ficavam babando
Com o filho recitando.
E diziam com excesso:
Ele estuda lá no Crato,
Apesar de ser novato
Já recita com sucesso.
Rio, 08/05/2008
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