(23/10/2010) - Edmílson Martins
Neste cordel saudoso,
Fiel e generoso,
Um gênero popular.
Não parnasiano,
Quase paraibano,
Também do Ceará
Quero nele contar
E sem titubear
Boas e más lembranças
De bons tempos vividos,
Com dores e gemidos
Mas sempre de esperança.
Pra matar a saudade
Da universidade,
Reunimos a turma
Num dia abençoado
Belo, ensolarado,
Bem alegres, sem turra
Outrora jovens francos
Hoje cabelos brancos,
Mostrando experiência,
Muito aprendizado,
Saber acumulado,
Firmeza e paciência.
Foi nos anos setenta.
Quem viveu não inventa.
Tempo não amistoso,
Tempo de ditadura
Também de linha dura,
Escuro, terroroso.
Eram tempos danados,
Do falou ta falado,
Não tem discussão.
Inventaram pecado.
Aqueles desgraçados
Esqueceram perdão.
Hoje tamos aqui,
Não vamos desistir
Da amizade plantada.
No nosso caminhar
Sempre vamos lembrar
Dessa vida passada.
Da nossa Gama Filho,
Nossos mestres de brilho
Não vamos esquecer.
Guardamos na memória.
É a nossa história
Pra sempre reviver.
Rio, 23 de outubro de 2010
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