quinta-feira, 9 de maio de 2024

NA BEIRA DO RIO

 

 

                 NA BEIRA DO RIO

 

                           Edmílson Martins de Oliveira

                           Maio/2024

 

Não quero sujeira ou poluição

Quero águas correndo, peixes nadando

Preciso ficar na beira pescando

Contemplando as águas com atenção

E jogando o anzol com precisão

Fisgando um peixe sem medo e sem frio

Sentado na pedra sem calafrios

Olhando as águas serenas correndo

E com meu coração calmo batendo

Eu quero pescar na beira do rio

 

O rio, que nasce no alto da serra,

Corre depressa pros braços do mar

Ávido, deseja o mar abraçar

Caminha sereno a regar a terra

Fica zangado quando alguém emperra

E defende com firmeza o seu brio

Eu não quero vê-lo tão sombrio

Pois quero pescar na beira do rio

 

O rio é calmo corre tranquilo

Não quer confusão só quer muita calma

Só deseja o que não  lhe causa trauma

Causar destruição não é seu estilo

Faz seu trajeto sem nenhum cochilo

Deseja correr reto sem desvio

Quer para todos um viver sadio

Quando estreitado sua água transborda

Com esse horror  ele não concorda

Eu  quero pescar na beira do rio

 

Nossos rios são sempre maltratados

Suas águas são sempre poluídas

E suas margens são sempre invadidas

Os governos os tratam sem cuidados

São também por muitos dilapidados

Porque há muitos sujeitos vadios

Que não tendo vergonha e nenhum brio

Inventam muitos projetos devassos

Deixando os rios e o povo sem espaços

Sem pesca normal na beira do rio

 

 

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