NA BEIRA DO RIO
Edmílson Martins de Oliveira
Maio/2024
Não quero sujeira ou poluição
Quero águas correndo, peixes nadando
Preciso ficar na beira pescando
Contemplando as águas com atenção
E jogando o anzol com precisão
Fisgando um peixe sem medo e sem frio
Sentado na pedra sem calafrios
Olhando as águas serenas correndo
E com meu coração calmo batendo
Eu quero pescar na beira do rio
O rio, que nasce no alto da serra,
Corre depressa pros braços do mar
Ávido, deseja o mar abraçar
Caminha sereno a regar a terra
Fica zangado quando alguém emperra
E defende com firmeza o seu brio
Eu não quero vê-lo tão sombrio
Pois quero pescar na beira do rio
O rio é calmo corre tranquilo
Não quer confusão só quer muita calma
Só deseja o que não lhe causa trauma
Causar destruição não é seu estilo
Faz seu trajeto sem nenhum cochilo
Deseja correr reto sem desvio
Quer para todos um viver sadio
Quando estreitado sua água transborda
Com esse horror ele não concorda
Eu quero pescar na beira do rio
Nossos rios são sempre maltratados
Suas águas são sempre poluídas
E suas margens são sempre invadidas
Os governos os tratam sem cuidados
São também por muitos dilapidados
Porque há muitos sujeitos vadios
Que não tendo vergonha e nenhum brio
Inventam muitos projetos devassos
Deixando os rios e o povo sem espaços
Sem pesca normal na beira do rio
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