segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O MENINO DE BELÉM


 BLOG DO JÚNIOR BONFIM: DO NASCIMENTO DE JESUS - por ANA, A MÃE DE ...

O MENINO DE BELÉM

 
         Edmílson Martins

         Natal de 2013

 
O Menino de Belém

Sendo rei não quis coroa

Quis nascer na estrebaria

E isso não foi à toa

Queria dizer ao mundo

Que a vida simples é boa

 
Os ditos reis deste mundo

Tudo fizeram errado

Reinaram com arrogância

Desprezaram o sagrado

Corromperam cargo santo

Que foi por Deus outorgado

 
Reinar não é dominar

Disse o Menino da gruta

É servir com humildade

Com amor, não força bruta

Nada de luxo ou palácios

Mas ternura na labuta

 
O Menino de Belém

Nascendo desapegado

Queria trazer ao mundo

Novo tipo de reinado

Sem homens exploradores

E sem homens explorados

 
Tem um sentido profundo

Ter nascido na pobreza:

Claro protesto de Deus

Contra a ânsia de riqueza

Convite à simplicidade

Para a vida ter beleza

 
Comemorar o Natal

É respeitar a memória

Daquele que foi pra cruz

Para que tenhamos glória

É comungar com projeto

De Quem quer nossa vitória

 
Estes dias de consumo

De comidas e bebidas

Não celebram nascimento

Do Menino Deus da vida

Que no presépio da gruta

À vida nova convida

 

É bom prestar atenção

No Menino de Belém

Bem louvar a sua vinda

Celebrar como convém

Assumindo seu projeto

Pois é bom e nos faz bem

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O ESPERADO NATAL- Maria José...


 

O ESPERADO NATAL

         Maria José Martins de Oliveira e
         Edmílson Martins

         Dezembro 2013

 

Então, esperado Natal

Você chegando de novo

Para encontro fraternal

Com o mundo e todo o povo.

 

Menina sempre pedia

Presente nunca chegado

Escrever mal eu sabia

Neste país complicado.

 

Para mim nada demais

Pedir a amiga de fé

Conselhos bons e algo mais

Que pudessem dar pé.

 

Quero bicicleta já

Eu falava para Elena

Como você vai andar?

Você é muito pequena.

 

Espere você crescer

Eu não vou me adiantar

Pois seus pais não vão entender

É melhor você se acalmar.

 

Então resolvi esperar

Presente tão desejado

Para uns bem fácil ganhar

Para mim mais complicado.

 

Entendi essa explicação

Que a minha amiga me dava

Ficou no meu coração

A lição que me passava.

 

Assim é tudo na vida

Precisamos paciência

Esperando hora devida

Com calma e muita prudência.

 

A menina esperançosa

Ouvia com atenção

Porém, guardava ansiosa

Desejos do coração.

 

Mas o tempo foi passando

A menina foi crescendo

As visões se clareando

E ela compreendendo.

 

O Natal é vida nova

Esperança e redenção

É Jesus que nos renova

Trazendo libertação.

NATAL - Rinaldo Martins




Foto de  Jesus cuidado dos pobres
 
NATAL: Deus assume a condição de homem oprimido.

 Rinaldo Martins de Oliveira.

18/12/13

 Sou cristão. Mas posso dizer que as igrejas em geral – principalmente a muitas das suas autoridades - sempre pregaram aos fiéis e disseminaram nas sociedades um Jesus Cristo muito diferente e até oposto ao identificado nos próprios Evangelhos.
No que se refere ao Natal, essa importante passagem bíblica acabou sendo historicamente destituída do seu contexto social e político conforme registrado por Mateus e Lucas. Para o senso comum, Natal - quando entendido no seu sentido religioso - ainda sim é apenas uma sentença teológica abstrata: o “nascimento do Filho de Deus que veio salvar os homens do pecado”.

Não obstante, a narrativa do Natal, na perspectiva dos evangelistas, sem deixar de ser uma interpretação religiosa dos desígnios de Deus para a humanidade, explicita uma realidade concreta a partir da qual esse projeto se insere. Jesus nasce na extrema pobreza, sem teto para se abrigar (cf. Lc 2,6-7) e já perseguido por um detentor do poder político-econômico, o Rei Herodes (Mt 2, 1-18). Isso, nos Evangelhos, não é informação complementar ou incidental, mas sim matéria essencial para o correto entendimento da citada verdade de fé.

Deus, desse modo, não assume só a forma humana, mas a situação específica dos homens vitimados pelo sistema opressor. Ou seja, ao se colocar nessa condição, deixa claro, em primeiro lugar, sua solidariedade ativa aos que sofrem as injustiças estruturais, tornando-se também agora um deles;  em segundo lugar, em decorrência disso, ratifica e aprofunda todo o seu projeto de “salvação da humanidade” a partir da “salvação do oprimido”, como já explicitado no Antigo Testamento (“Eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel”, Cf. Ex 3,7-8).
Já no início da sua vida pública, Jesus diz a que veio: “Para anunciar a Boa Notícia aos pobres; para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos” (Lc 4,18-19). Irá confirmar a sua posição rigorosamente ao lado dos vitimados e contrária ao sistema opressor dominante,  o que lhe causará a perseguição, prisão, tortura e morte pelos detentores do poder religioso e político de então.

Por isso, não for o Natal compreendido com esse rigor político com o qual os evangelistas pretendem registrá-lo, então esse importante acontecimento para a fé cristã e também para a fé antropológica dos homens de boa vontade, se reduz a uma mera especulação teológica, servindo – como tem ocorrido – para tão somente legitimar a ideologia de que Deus veio, sem distinção, para todos, opressores e oprimidos.
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2013.
Rinaldo Martins de Oliveira.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

VIRANDO O JOGO (Maurício Pássaro)


Foto de Mauricio Pássaro.



De Mauricio Pássaro
VIRANDO O JOGO
Uma nova perspectiva para o Futebol

O futebol tem uma explicação biológica. A brincadeira lúdica de fazer uma bola se movimentar vem do instinto animal. Vejo isso no Salém, o gato da Maria Sanma, que brinca de pegar a bolinha de papel amassado que jogo. Salém é um goleiro nato, mas também gosta de correr com a bola e esbarrar nos fios elétricos da sala.

E possui uma explicação sociológica. Depois de usarem as mãos e os braços nas fábricas, durante doze ou quinze horas diárias, os trabalhadores ingleses arrumaram jeito de compensar o estresse, realizando atividades com os pés e as pernas, iniciando o futebol. Mas, os goleiros continuaram com os braços e as mãos. Contínuos e carteiros, que andavam o tempo inteiro pelas fábricas, estes inventaram a estória de que deveriam ser os únicos a poderem usar a mão. Ou não teriam goleiros. A regra pegou.

Vi documentários mostrando que os antigos Mayas já batiam uma bolinha, algo parecido com o futebol. E talvez haja registro ainda mais longe, quando o homem primitivo adotou a roda redonda, abandonando o uso da quadrada, que dava mais trabalho para rodar. O mais certo é que o surgimento do futebol tenha mesmo passado pelas mãos dos ingleses, ou melhor, pelos pés.

O futebol seria assim uma natural reação ao mundo industrial, que é movido por braços e mãos. E talvez ele tenha contribuído também à sociedade, quando fez evidenciar que poderíamos ganhar dinheiro com os pés – uma revolução anatômica.

A ponto de se consolidar o mito da bola no mundo. Oscar Niemeyer tem parte nisso, com sua obra que acentua obsessivamente a curva, em detrimento da reta. A garota de Ipanema também, pela internacionalização de sua beleza curvilínea. Subvertemos as coisas: a menor distância entre dois pontos, pra nós, é uma curva.

Só que estamos nisso faz muito tempo. Os jogadores de futebol trabalham exaustivamente com os pés. Cabeçadas e amortecidas no peito não contam. Ou seja, além da pressão dos patrocinadores, existe o treino puxado, o treinador não quer nem saber. Acaba sobrando para o massagista, depois das baterias de exercícios.

Não tem colher de chá para a profissão de jogador. Resultado: uma classe superexplorada, sem direitos mínimos, como ir a bailes funk em comunidades carentes. São praticamente obrigados a assinar contrato com clubes europeus, japoneses ou árabes, e a levar uma vida tediosa lá fora, sem graça, sem feijão preto.

Então, eu penso: e se as coisas fossem novamente subvertidas, a fim de se buscar outra vez um equilíbrio? Hoje vivemos uma época tomada pelo futebol, tudo recai sobre ele. Torcedores se matam por seus times, sem ganharem um centavo com isso, ao contrário, gastam com ingressos caros, mensalidades, camisas e mil outros apetrechos. Discutimos seriamente, em voz alta, entre nós, pelo status de melhor time, melhor jogador, melhor jogada. Nas conversas entre presidente brasileiro e um estrangeiro, há de existir sempre uma referência a futebol – veja o caso do encontro entre Dilma e Holande, da França. O futebol tem lá suas funções estratégicas, mas vai-se chegando a um limite.

Está na hora de se inverter tudo novamente: estamos cansados de usar os pés e de fazer referência à bola, ao futebol. Que as mãos possam retornar à cena! E isso implicará que os jogadores de futebol deixem pouco a pouco este oficio e passem horas, pra começar, a usar as mãos, quem sabe, para abrir um livro e ler. Ou pegar uma enxada e capinar o quintal, plantar e cuidar da horta depois.

E os torcedores – que usam mais a boca do que qualquer coisa – hão de permanecer falando, mas agora, idolatrando professores e médicos que, então, passam a receber os salários que os jogadores recebiam, e vice-versa.

- Pô, o hospital municipal está batendo um bolão! Precisa ver os atacantes que eles puseram no atendimento!

- Fala sério! Aquilo lá...? Deveriam é colocar a defesa toda no atendimento, isto sim! O hospital do Estado é que é o melhor, rapá, nunca foi para a segunda divisão. E agora nós temos o doutor Zikco, que fechou contrato por dois anos.

- Falar nisso, você viu aqueles professores da escola federal?

- Prata da casa! Vestem a camisa mesmo. Teve escola espanhola oferecendo milhões, mas se recusaram e preferem ficar aqui, com o arroz e o feijão.

- Principalmente o feijão.

- É.

Eis que, para nossas mazelas, no horizonte se desponta uma saída: trocar os pés pelas mãos.

Maurício Pássaro
www.acolunadoservidor.com

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

80 ANOS DE DOM CELSO


Dom Celso José Pinto da Silva

Paulo:

CONFIRMADÍSSIMA a comemoração dos 80 anos de Dom Celso, que foi bispo auxiliar do Rio de Janeiro, bispo de Vitória da Conquista (BA) e arcebispo de Teresina-PI, onde se aposentou,

O evento será no dia 14 de dezembro de 2013 – sábado – a partir das 16 horas, na paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São José, Av. Amaro Cavalcante, 1761 – Engenho de Dentro –RJ.

Estão convidados todos os amigos do Dom Celso, principalmente, os que moram no Rio de Janeiro. Temos a certeza de que ele se sentirá muito feliz com a presença de todos.

A comemoração será iniciada com a missa, celebrada pelo aniversariante. Após a missa, haverá um bate-papo com ele e integração entre os amigos, lembrando que todo o evento será um momento de confraternização, já considerando a comemoração do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Abraços

Edmílson e Maria José.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DOM WALDYR CALHEIROS

 

DOM WALDYR CALHEIROS

 

      Edmílson Martins c/ajuda de Maria José

      Dezembro/2013

 

Partiu Dom Waldyr Calheiros

Para viver sua glória

Chamado pelo Senhor

Porque chegou sua hora

Completou sua missão

Já podia ir embora.

 

Lá no Céu foi recebido

Por egrégia comissão

Formada por Dom Eugênio

Por Dom Helder seu irmão

Pelo padre Montenegro

Que recitava o refrão:

 

Bem-vindo querido amigo

À sua nova morada

Que foi com muito carinho

Para você preparada

Como prêmio merecido

Por cumprir dura jornada.

 

Dom Waldyr chegando ao Céu

Foi ocupar sua morada

Pra viver a vida nova

Por ele tão esperada

Foi usufruir as graças

Que foram bem conquistadas.

 

Dom Waldyr viveu na terra

A serviço dos imãos

Tratou todos com carinho

Fossem cristãos ou não-cristãos

Como sacerdote e bispo

Cumpriu bem sua missão.

 

Bispo de Volta Redonda

Dos pobres foi defensor

Enfrentando prepotência

Ao apoiar trabalhador

Ao sofrer perseguições

Ele não se intimidou.

 

Dom Waldyr sempre viveu

Com muita simplicidade

Muito fiel ao Evangelho

Lutando por liberdade

No seguimento de cristo

Praticou muita bondade.

 

Dom Wladyr, bom sacerdote

Sendo cristão verdadeiro

O Evangelho divulgou

De Cristo foi mensageiro

Levou boa nova a todos

Mas vendo os pobres primeiro.

 

Na condução do rebanho

Agiu com muita ternura

Protegeu suas ovelhas

Ao tratá-las com doçura

Dando força e confortando-as

Nos momentos de amargura.

 

Dom Waldyr tinha clareza

De sua missão na terra

Valorizou ser humano

Com a beleza fraterna

E combateu violência

Com sim à paz e não à guerra.

 

Ele não se acomodou

Com repressão às liberdades

Combatendo a ditadura

Com seus erros e maldades

Ficando ao lado do povo

Mantendo autenticidade.

 

Vemos Dom Waldyr no Céu

Com Dom Helder e Jesus

Falando do povo pobre

Da sua pesada cruz

E solicitando ajuda

Ao Senhor que nos conduz.

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

DOM WALDYR CALHEIROS

DOM WALDYR CALHEIROS - BISPO EMÉRITO DE VOLTA REDONDA
Tivemos o privilégio de conhecer Dom Waldyr Calheiros. Acompanhamos de perto toda a sua luta em defesa de uma sociedade justa e democrática, fundamentada na Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo.
Dom Waldyr, em nome do Evangelho, foi um forte defensor da liberdade, dos direitos humanos, dos pobres e oprimidos. E apoiou, com muita força, a luta dos trabalhadores, por melhores condições de vida.
Durante toda a sua vida missionária, lutou pela construção do Projeto do Reino de Deus, cujas bases foram implantadas por Jesus Cristo.
Dom Waldyr participou da resistência contra a ditadura militar, defendendo os que sofriam perseguições, prisões e torturas, gritando pela volta da democracia e  liberdade em nosso país.
 Dom Waldyr foi referência, para nós e para todas as pessoas de boa vontade  que lutam por um mundo mais justo e solidário.
Dom Waldyr não morreu, permanece vivo, como Jesus Cristo, entre nós e será sempre referência para todos os que lutam pela construção do Reino, pela justiça, liberdade e fraternidade.
Viva Dom Waldyr Calheiros, que hoje se encontra junto aos que foram fiéis ao Projeto de Libertação de Jesus.
Maria José, Edmílson e filhos.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ÁGUA SANTA IV




ÁGUA SANTA
Memórias de um bairro Encantado

As Figuras do Bairro

Vale à pena sempre falar um pouco mais sobre o Alyrio, que era conhecido pelo seu hiperbólico senso de humor, mas também por sua visão radical sobre variadas questões da época. Dizíamos, como um mantra: “Alyrio é muito radical”. Na época, não podia compreender que ele era tão-somente um visionário informal, a seu modo. Sua visão caricatural das coisas era apenas uma estratégia. Gostava de explicar a formação do bairro assim, misturando o bizarro ao exagero:

- Isso aqui é uma pegada de dinossauro perdida na história, e agora estamos morando aqui. Mas, nem existe no mapa.

Diante das notícias que chegavam do mundo, do país, da cidade, Alyrio era capaz de tecer sua própria análise, curta e grossa, aparentemente depreciativa e estrategicamente corrosiva. Hoje, distanciado do objeto da investigação, entendo que se tratava de um realismo seu, muito particular e peculiar.

Saíamos, naquela época, do regime militar, e havia em parte da população certa corrente de otimismo. Mas, o seu espírito anarquista – mais para o punk do que para Bakunin – não queria saber de política, de militares, muito menos de eleições. Nada podia dar certo no Brasil – eis a sua tese. E isso num momento em que se alentava alguma esperança na sociedade brasileira, depois de vinte anos de regime de exceção. Tinha ideia de criar uma banda punk com o nome sugestivo de América Latrina. Alyrio era amante do rock, teve época em que flertava com o blues, mas terminou para além do heavy metal, cada vez mais “pesado”. Não usava pulseiras de couro com pregos, roupas pretas, porque não precisava – quem o conhecia enxergava isso estampado nele, feito uma aura negra, de indignação e revolta, sem chegar a exalar maldade. Torcia o nariz para o samba, lamentando profundamente o fato de que os negros que fizeram o blues aportaram ao Norte e não ao Sul, no Brasil, para não dizer que nasceu no país errado (e pra ele não chegava a ser um país...).

- Não dá certo. Isso aqui não vai dar nunca certo...

Com o que se indignava e se revoltava o amigo? Com a nossa condição de terceiro-mundo metido à besta, especialmente a classe musical. Tecia comparações injustas, entre os guitarristas-mestres do estrangeiro e os tupiniquins. Na sala de aula, a conversa de que éramos um país “em desenvolvimento” não colava pra ele. Na época, não imaginávamos que surgiria essa outra classificação de espírito eufêmico, que veio no bojo dos últimos anos: país emergente.

Tenho a impressão de que meu amigo não deixaria escapar a chance de dar seu parecer, se tal intitulação aparecesse por lá, há quatro décadas. Se o conheço bem, trataria de comparar o Brasil com algo que não cheira bem, flutua, boia, e não fica muito bem dizer aqui, em razão do nível da linguagem.

Com alguma coisa feita sem que ninguém perceba, no mar do desenvolvimentismo, e que emerja triunfante até à superfície.

Pode este mundo iludir a todos, tempo inteiro. Ninguém engana, porém, o Alyrio em tempo algum.



Maurício Pássaro
www.acolunadoservidor.com