" Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores". (Cora Coralina)
domingo, 16 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DOS ANOS DE CHUMBO
Edmílson Martins - Rio, 2010
Corriam os anos 60. O nosso país, nocauteado pelo golpe militar, estava tonto e cambaleante. Os militares, “perdidos de armas na mão”, não sabiam como conduzir os acontecimentos. Viam inimigos do regime em toda esquina.
“Para se manterem no poder, os golpistas estabeleceram a “caça às bruxas”“. Isso consistia em perseguir, prender, torturar e até matar aqueles que, de uma forma ou de outra, se manifestassem contra a ditadura. Pretexto: “são comunistas e subversivos”. Daí a repressão aos trabalhadores, estudantes, artistas, intelectuais e à cultura em geral.
Nessa euforia repressiva, multiplicaram-se os agentes do regime, os “dedos-duros”, o autoritarismo e os fatos ridículos. Muitos se sentiam com o dever de prender qualquer cidadão que se manifestasse contra a ordem estabelecida. Nesse sentido, surgiram muitas piadas e estórias, umas verdadeiras, outras, fruto da criatividade do povo brasileiro.
Uma dessas estórias conta que um delegado, no Estado do Paraná, acompanhado de soldados armados, chegou a um teatro, onde estava sendo apresentada a peça “Electra”, para prender o autor. Quis saber dos atores onde se encontrava o tal de Sófocles, perigoso comunista, autor da peça subversiva. E não acreditou quando informaram que Sófocles, autor de várias outras obras da Mitologia Grega, viveu 500 anos antes de Cristo, na Grécia. Foi difícil convencer o delegado, que durante algumas horas ameaçava prender todos e não dissessem onde se encontrava o autor.
Outra estória que se contava com muita graça era a do coronel que, discordante do regime, andando à paisana nas ruas, gritava: “Essa revolução é uma merda”! “Essa revolução é uma merda”! Um sargento, ouvindo-o, deu-lhe voz de prisão. Levou-o para a cadeia. Lá ficou preso em uma cela. Quando os oficiais superiores souberam da prisão do coronel, foram lá libertá-lo. Então o coronel, ao passar em frente à cela onde já estava preso o sargento, falou, com ironia: “Não te falei, sargento, que essa revolução é uma merda”?
Outra estória (com feições de verdadeira) foi sobre a música “Apesar de Você”, feita por Chico Buarque, claramente contra a ditadura, no seu momento mais cruel, no governo Médici, início da década de 1970. Durante um ano a música ficou nas paradas de sucesso em todo o Brasil. O povo entendeu logo o recado. As pessoas pilheriavam: “Ué, a censura da ditadura só entendeu depois de um ano”?
Eram estórias engraçadas, irônicas e picantes, que tinham por objetivo desmoralizar a ditadura, usadas como forma de resistência.
Essas estórias corriam de boca em boca e se alastravam pelo país. Eram contadas nas universidades, nos meios sindicais, nos ambientes de trabalho, nos meios populares etc., sem que a censura pudesse impedir. Regime nenhum pode controlar a imaginação e criatividade do povo.
sábado, 15 de dezembro de 2012
VICTOR - VITÓRIA
Por Edmílson Martins
15/12/2012
Atendendo às orações
Pelo Victor em perigo
Houve assembleia lá no Céu
Em favor do bom amigo.
Os santos se interessaram
Os anjos mobilizaram
Todos para a reunião.
A Trindade ouviu os clamores
Dos seus filhos, seus amores
Resolveu dar atenção.
Ao começar os trabalhos
Com a presença da Trindade
Houve falas sem atalhos
Por solidariedade
Ao Victor, irmão querido.
Todos com palavras ternas
Defenderam com veemência
Necessária permanência
Do nosso Victor na Terra.
Alguns amigos de andanças
Prestaram os depoimentos:
Padre Meireles, voz mansa
Falou com muito talento:
“Conheci o Victor criança
Sempre cristão dedicado
Dos amigos muito amado
Tem a minha confiança”.
Falou o padre Montenegro
Fornecendo informações:
“Com Victor tive aconchego
Conheço suas ações
Ele com sua família
É generoso e partilha
Por isso, merece apreço
Merece as bênçãos de Deus
Para ficar com os seus
Por ele muito agradeço.
Outros amigos bondosos
Que com Victor conviveram
Foram muito calorosos
E com força o defenderam
Que deve permanecer
mais tempo deve viver.
O mundo precisa dele
Porque precisa mudar
E Victor tem muito a dar
Podemos contar com ele.
Portanto, a assembleia celeste
Sem nenhum voto contrário
Aprovou Victor sem teste
Por ser bom e solidário.
“Precisamos dele lá
Na terra deve ficar
Ficará por mais uns tempos
Operário em construção
Do Reino da salvação
“Aplicando seus talentos”.
NATAL - ESPERANÇA: ONTEM, HOJE E SEMPRE
Por Edmílson Martins (c/ajuda de Maria José)
O mundo estava no escuro
O Deus-Pai mandou avisar
Em breve, enviarei a Luz
Para a Terra iluminar
O meu Reino de justiça
Na Terra se implantará.
Profetas anunciaram:
Tudo será restaurado
O Universo e todos nós
Com a vinda do Enviado
É preciso vigiar
Estar pronto e preparado.
Insistiram os profetas:
Preparemos os caminhos
O Reino do céu está próximo
Tratemo-nos com carinho
Construindo um mundo novo
Vivendo como irmãozinhos.
Diziam as profecias:
A salvação chegará
Olhem, vejam os sinais
Nosso Deus vem nos salvar
Vejam com o coração
A vinda próxima está.
Na plenitude dos tempos
O Reino de Deus Chegou
Maria, comunicada
Plano divino aceitou
Chegou o Reino da justiça
Que em Jesus se completou.
Pronto. Promessa cumprida
Deus-Pai mandou a salvação
A Clara Luz chegou ao mundo
Pra pôr fim à escuridão
Só resta o mundo aceitar
Proposta de redenção.
“Meu Senhor fez maravilhas”-
Maria logo cantou -
Pois destronou poderosos
E os humildes exaltou
Sem nada despediu ricos
Os famintos saciou.
Com Maria começou
A luta de implantação
Do Reino que é de justiça
Pra nossa libertação
Nova vida novo mundo
Nunca mais a escravidão.
Um anjo tocou a trombeta
Avisando ao povo pobre
“Nasceu pra vocês um Rei
Que vem de linhagem nobre
Que vem trazer boa nova
Pra quem ao mal não se dobre”.
Pra pertencer ao Reino
Tem que ter boa vontade
Tem que ter bom coração
Estar repleto de humildade
Querer lutar por justiça
Sem orgulho, sem vaidade.
O Reino de Deus chegou
Com força pra resistir
Contra toda a corrupção
Que não mais pode existir
Pois ética e mensalão
Não podem coexistir.
Então Natal é presença
Do Reino que está chegando
É festa pela visita
Do Rei que chega animando
Que vem trazer luz eterna
Que estará sempre brilhando.
Apesar da corrupção
Nosso Deus está presente
Mesmo com os mensalões
Deus não descuida da gente
Vem nos prestar o socorro
Do qual estamos carentes.
Assim, Natal é presente
Do nosso Deus de bondade
Que nos convida a criar
A nova sociedade
Que nos anima a viver
Na solidariedade.
Nestes tempos consumistas
De tanta gula e avareza
É bom lembrar o Natal
Do menino singeleza
Que trouxe linda mensagem
Plena de encanto e beleza.
Rio, dezembro de 2012.
CHICO ALENCAR - ANIVERSÁRIO
Por Edmílson Martins
Prezado Chico Alencar
Seu coração reforçado
Não para de palpitar
Quer um Brasil reformado
Quer seguir batendo forte
Deseja vida e não a morte
Vai continuar lutando
Com vigor e resistente
Ao lado de nossa gente
Por justiça batalhando.
As pontes introduzidas
Providência do Deus luz
São pontes bem construídas
Com o amor que nos seduz
Para possibilitar
O difícil caminhar
Em busca de um país novo
Pois o atual caducou
Ficou doente, parou
Precisa nascer de novo.
Chico, queremos dizer
Com muita satisfação
Parabéns para você
Na linda celebração
Que os anjos cantem no além
Que aqui cantamos também.
Seu coração reformado
Tá batendo bem feliz
Pulsando forte ele diz
Também estou do seu lado.
Também tão de parabéns
A Maura, Lena, Corino
Que fazem aniversário
Com Eliane e Luizinho
Que juntamente com Ana
Merecem todo o carinho.
Rio, 19 de outubro de 2012
CHICO ALENCAR
( por Edmílson Martins, com participação afetiva da Maria José) - 28/09/2012
"O coração tem razões que a própria
Razão desconhece” – Blaise Pascal
Reuniu-se a Corte Celeste
E decidiu decretar
Um procedimento urgente
Sobre Francisco Alencar:
“O Chico é muito dinâmico
Queremos ele por lá
O Chico, reconhecido
Como o melhor deputado
Está sempre vigilante
É parlamentar honrado
Representa bem o povo
Por isso considerado
Os médicos e enfermeiros
Já foram mobilizados
Para num hospital público
Recebê-lo preparados
Pra com muita diligência
O Chico ser operado
O Chico é filho dileto
Que mantém fidelidade
Cumpre mandato com garra
Combate toda maldade
Guardando a fé no combate
Luta pela liberdade
Pelo bem do nosso Reino
Que mais tempo o Chico viva
Que permaneça na luta
Esteja sempre na ativa
O bom combate combata
Não deixe o barco à deriva
Esse rapaz generoso
Tem trajetória bonita
Lutou pela liberdade
Na ditadura maldita
É teimoso na esperança
Tem força porque acredita”
Terminando a reunião
Concluiu a Corte Celeste:
“Chico ficará na terra
Nosso Reino nele investe
Que o sangue volte e circule
Que o coração manifeste-se”.
MENSALÃO
Por Edmílson Martins (com a participação de Maria José)
Rio, novembro de 2012
´
Ao ligar televisão
Vendo no canal Justiça
Conversas do mensalão
Sinto revolta e preguiça.
Tenho pena da cegonha
Que trouxe esses sem-vergonhas
Que com tal descaramento
Roubaram o nosso povo
Dizendo fazer o novo
Prestando até juramento.
São sete anos de processo
Onze juízes bem pagos
Pra examinar os excessos
De ladrões e seus estragos
Que roubam povo sofrido,
Mesmo escutando gemido,
Com atos tão deprimentes
E com tenebrosos planos,
Agindo embaixo dos panos
Com propostas indecentes.
Ante tamanha sujeira
Vemos juízes confusos
Dizendo bastante asneiras
Com argumentos difusos.
As evidências são claras
Todos os fatos declaram
Que o esquema era criminoso
Pela sede de poder
Pela vontade de ter
Pelo fazer asqueroso.
E existe certo partido
Vindo dos trabalhadores
Defensor dos oprimidos
Praticando esses horrores.
Meu Deus! Mas que aconteceu?
Nosso povo adormeceu?
Deixou falar em seu nome
Aliançar tanta trama
Jogar seu nome na lama
Em transação que consome?
Sigla do trabalhador
Que seria uma esperança
Logo, logo, derrapou.
Fazendo muita lambança,
Tornou-se sigla comum
Não guardou princípio algum.
Vindo pra ser diferente
Desviou-se do caminho
Deixando povo sozinho
Enganando toda a gente.
Que a lama do mensalão
Os exemplos desonestos
Sirvam sempre de lição
Despertem nossos protestos.
Que o povo preste atenção
Não permita corrupção
Não consinta desatino
Esteja sempre presente
Não deixe gente indecente
Conduzir o seu destino.
Rio, novembro de 2012
.
sábado, 20 de outubro de 2012
RECORDAÇÕES
Nessa casa tão singela
A minha infância vivi
Com meus pais e meus irmãos
Belos anos convivi
Na varanda, no terreiro
Muitas festas eu curti.
Essa casa com varanda
Que para mim era alpendre
Era muito aconchegante
Quem lá viveu bem entende
Acolhia toda a gente
Nunca havia “depende”.
Essa foto na varanda
Com minha mãe e meus irmãos
Mostra a saudade marcante
Da casinha no sertão
Na qual com simplicidade
Só reinava o coração.
Hoje na cidade grande
Entre livros e leituras
Lembrando daquela casa
Dou glória a Deus nas alturas
Pelo tempo lá vivido
Apesar da vida dura.
Essa casa é memória
Da vida lá no sertão
Conservada com carinho
Por Emídio bom irmão
Que lá vive com família
Para guardar tradição.
Edmílson (julho/2012)
DOM EUGÊNIO SALES
Por Edmílson Martins
Com apoio de Maria José Martins
Nosso Dom Eugênio Sales
O cardeal servidor
Esteve aqui em missão
A serviço do Senhor
Ajudando muita gente
A aliviar sua dor.
Ele foi bom sacerdote
O Evangelho propagou
Sempre acolheu perseguidos
E nunca se intimidou
Esteve ao lado de aflitos
Como Jesus lhe mandou.
Dom Eugênio chega ao céu
Se apresenta ao pescador
E disse: “bom dia Pedro
Ao ser chamado aqui estou
Já cumpri minha tarefa
Quero ver Nosso Senhor”.
Falou Pedro acolhedor:
“Bom dia meu cardeal
Sua chegada pra nós
Tem valor especial
O céu todo está esperando
Com música e bom coral”.
E continuou São Pedro:
“Folheando seu caderno
Não vejo página em branco
Está cheio de versos ternos
De bonita poesia
Que fala de vida eterna.
Seu trabalho pastoral
Está aqui todo anotado
Você sempre defendeu
Todos os injustiçados
E nunca titubeou
Mesmo sendo ameaçado.
Vejo que você criou
Os sindicatos rurais
Levando sempre a verdade
Em campanhas fraternais
Ajudando todo o povo
A crescer, ser sempre mais.
Você enfrentou ditaduras
Defendeu presos políticos
Condenou toda a tortura
De militares foi crítico
Defendeu toda a justiça
Combatendo a má política.
Então pode entrar no céu
Porque você bem merece
Pois sua ficha está limpa
De você ninguém se esquece
Seu trabalho fez História
Todo mundo reconhece”.
Meu querido Dom Eugênio
Aí na Glória de Deus
Onde está Dom Helder Câmara
Mostre-lhe estes versos meus
Que são singela lembrança
Deste amigo dele e seu.
Diga-lhe que permanece
Sempre na nossa lembrança
Que lhe mandamos abraço
E mantemos esperança
De no futuro encontrá-lo
Nesse Reino de bonança.
Diga-lhe mais, por favor,
Que não esquecemos a luta
Que está viva a profecia
Permanecemos na escuta
Que reze por todos nós
Reforce nossa labuta.
Rio, julho de 2012.
Edmílson Martins
sexta-feira, 27 de abril de 2012
DIREITO PROFANADO
Por Edmílson Martins
(12/04/2012)
Oh Santo Deus, que horror !
Que decisão infernal !
Que tenebroso momento
Do Supremo Tribunal !
Que condena gente à morte
Já no ventre maternal
Oito juízes negaram
O direito de nascer
Descartam um ser humano
Como fosse qualquer ser
Violam obra do Mestre
Que bem sabe o que fazer
Só dois juízes sensatos
Julgaram com coerência
Por respeitarem a vida
Decidiram com sabença
Defendem ser inocente
Mesmo com breve existência
Os dois juízes prudentes
Tiveram pensar normal:
Vida é dom, compromisso
Com percurso natural
Ainda que seja breve
Sustar ninguém tem moral
Herodes matou crianças
Com frieza sem igual
Hoje age da mesma forma
Sem ética, sem moral
Quem decide pela morte
Duma criança anormal
Descartar um ser humano
Sem condições de defesa
É agir com covardia
E sem nenhuma grandeza
É não dar valor à vida
É tirano com certeza
O feto anencefálico
É ser humano formado
É ser frágil e inocente
Não pode ser descartado
Merece todo o respeito
Não pode ser aviltado
Ele não é o culpado
De sua má formação
É gente e filho de Deus
Merece toda atenção
Seus direitos são sagrados
Não aceita exceção.
terça-feira, 10 de abril de 2012
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012
Por Edmílson Martins
A Igreja no Brasil
Fiel a Cristo Jesus
Ajuda o povo carente
A carregar sua cruz
Defendendo seus direitos
Como ensina o Deus da luz
Nossa campanha deste ano
Fraternidade e Saúde
Deseja propor a todos
A mudança de atitude
Sobre a saúde do povo
Que tem tratamento rude
Saúde é um direito
O povo não quer favor
Quer tratamento decente
Pois para isso pagou
Quer os recursos de volta
Que o governo desviou
Há muita gente doente
Esperando tratamento
Há recursos desviados
Pra atender rico avarento
Trazendo pra nosso povo
Muita dor e sofrimento
Os recursos financeiros
Desviados da saúde
É crime de lesa-povo
É fraudulenta atitude
Quem age dessa maneira
Não tem nenhuma virtude
Jesus proclamou seu Reino
Curando povo carente
Denunciando sistemas
Que mantém gente impotente
Fez cego ver, surdo ouvir
Tornando vida fluente
Ter saúde é preciso
Pra inclusão social
Pra viver com alegria
Levando vida normal
Pra isso todos precisam
De médico e hospital
Nossa gente anda cansada
Das filas nos hospitais
Falta médico e remédio
O povo não aguenta mais
Precisamos reagir
Nossa dor já está demais
Saúde Pública é
Um direito social
Também questão de justiça
E tem que ser integral
Sua privatização
Só atende ao capital
Suscitar em todo o povo
Espírito fraternal
Para buscar soluções
Pra doença e todo o mal
Deseja nossa Igreja
Neste tempo quaresmal
Nós não queremos esmolas
Mas o direito sagrado
À boa saúde e à vida.
Não vamos ficar calados
Não pedimos, exigimos
Que sejamos bem tratados
Com a fé no Deus da vida
Vamos sair em campanha
Alegres e bem dispostos
Com esperança tamanha
Pois fraternos venceremos
Todo o mal ou artimanha.
Rio, março de 2012
A Igreja no Brasil
Fiel a Cristo Jesus
Ajuda o povo carente
A carregar sua cruz
Defendendo seus direitos
Como ensina o Deus da luz
Nossa campanha deste ano
Fraternidade e Saúde
Deseja propor a todos
A mudança de atitude
Sobre a saúde do povo
Que tem tratamento rude
Saúde é um direito
O povo não quer favor
Quer tratamento decente
Pois para isso pagou
Quer os recursos de volta
Que o governo desviou
Há muita gente doente
Esperando tratamento
Há recursos desviados
Pra atender rico avarento
Trazendo pra nosso povo
Muita dor e sofrimento
Os recursos financeiros
Desviados da saúde
É crime de lesa-povo
É fraudulenta atitude
Quem age dessa maneira
Não tem nenhuma virtude
Jesus proclamou seu Reino
Curando povo carente
Denunciando sistemas
Que mantém gente impotente
Fez cego ver, surdo ouvir
Tornando vida fluente
Ter saúde é preciso
Pra inclusão social
Pra viver com alegria
Levando vida normal
Pra isso todos precisam
De médico e hospital
Nossa gente anda cansada
Das filas nos hospitais
Falta médico e remédio
O povo não aguenta mais
Precisamos reagir
Nossa dor já está demais
Saúde Pública é
Um direito social
Também questão de justiça
E tem que ser integral
Sua privatização
Só atende ao capital
Suscitar em todo o povo
Espírito fraternal
Para buscar soluções
Pra doença e todo o mal
Deseja nossa Igreja
Neste tempo quaresmal
Nós não queremos esmolas
Mas o direito sagrado
À boa saúde e à vida.
Não vamos ficar calados
Não pedimos, exigimos
Que sejamos bem tratados
Com a fé no Deus da vida
Vamos sair em campanha
Alegres e bem dispostos
Com esperança tamanha
Pois fraternos venceremos
Todo o mal ou artimanha.
Rio, março de 2012
MINHA CANÇÃO
• Por: Edmílson / Maria José.
•
• Nasci na beira do rio
• Tenho saudades de lá
• Já não vejo água correr
• Pois estou perto do mar
•
• Lá na minha Barra Mansa
• Vivi toda minha infância
• A vida lá era calma
• Não havia traficância
•
• A criançada brincava
• Tomando banho no rio
• A alegria era total
• Fosse sol, calor ou frio.
•
• Pensando com meus botões
• Mais prazer encontrei lá
• Aqui já não vejo rio
• Só vejo água do mar.
•
• Não permita Deus que eu morra
• Sem que um dia volte lá
• Pra rever águas do rio
• Que não encontro por cá
•
•
• Nasci na beira do rio
• Tenho saudades de lá
• Já não vejo água correr
• Pois estou perto do mar
•
• Lá na minha Barra Mansa
• Vivi toda minha infância
• A vida lá era calma
• Não havia traficância
•
• A criançada brincava
• Tomando banho no rio
• A alegria era total
• Fosse sol, calor ou frio.
•
• Pensando com meus botões
• Mais prazer encontrei lá
• Aqui já não vejo rio
• Só vejo água do mar.
•
• Não permita Deus que eu morra
• Sem que um dia volte lá
• Pra rever águas do rio
• Que não encontro por cá
•
sexta-feira, 9 de março de 2012
ELIANE- nascimento e renascimento
ELIANE
(nascimento e renascimento)
Na Casa de Portugal
Você nasceu apressada
Em dia de carnaval
Pra brincar com a moçada
Prepare o material
Disse o doutor à enfermeira
Não precisa, é normal
Ela nasceu às carreiras
Disse o doutor Nazareno
Ela nasceu com vigor
Pequenina mas serena
Lá do clube me tirou
Sábado de carnaval
A folia começava
Você disse: que legal!
Esta festa eu esperava
Você olhou pro doutor
Todo vestido de branco
Pensou: é nessa que eu vou
Não vou trabalhar em banco
Já no ensino primário
Você andou na contramão
Reclamou do educandário
Que a fez rolar pelo chão
Você sofreu repressão
Da direção do colégio
Era tempo de opressão
De poder nada egrégio
Depois no Metropolitano
Você no Grêmio atuou
Cantando Chico e Caetano
Por mundo melhor lutou
Atuando na Igreja
Você quis colaborar
Com reflexão e peleja
Para o mundo melhorar
Quis também ser socióloga
Pra ser humano ajudar
Pretendendo ser psicóloga
Do homem no seu andar
É em Sociologia
Bacharel, mestra e doutora
Entende psicologia
É em sonhos voadora
Também ministra Yoga
Conhece bem mestres zens
Com as aulas fica boba
Seus alunos são presentes
Neste seu aniversário
Com os nossos parabéns
Oferecemos sacrário
Com Cristo e mestres zens
Rio,03 de março de 2012
(nascimento e renascimento)
Na Casa de Portugal
Você nasceu apressada
Em dia de carnaval
Pra brincar com a moçada
Prepare o material
Disse o doutor à enfermeira
Não precisa, é normal
Ela nasceu às carreiras
Disse o doutor Nazareno
Ela nasceu com vigor
Pequenina mas serena
Lá do clube me tirou
Sábado de carnaval
A folia começava
Você disse: que legal!
Esta festa eu esperava
Você olhou pro doutor
Todo vestido de branco
Pensou: é nessa que eu vou
Não vou trabalhar em banco
Já no ensino primário
Você andou na contramão
Reclamou do educandário
Que a fez rolar pelo chão
Você sofreu repressão
Da direção do colégio
Era tempo de opressão
De poder nada egrégio
Depois no Metropolitano
Você no Grêmio atuou
Cantando Chico e Caetano
Por mundo melhor lutou
Atuando na Igreja
Você quis colaborar
Com reflexão e peleja
Para o mundo melhorar
Quis também ser socióloga
Pra ser humano ajudar
Pretendendo ser psicóloga
Do homem no seu andar
É em Sociologia
Bacharel, mestra e doutora
Entende psicologia
É em sonhos voadora
Também ministra Yoga
Conhece bem mestres zens
Com as aulas fica boba
Seus alunos são presentes
Neste seu aniversário
Com os nossos parabéns
Oferecemos sacrário
Com Cristo e mestres zens
Rio,03 de março de 2012
VITÓRIA DO POVO
VITÓRIA DO POVO
Edmílson Martins (17/2/2012)
1.O Supremo Tribunal
Decidiu por maioria
Ficha Limpa é legal
Venceu a sabedoria
2.Quatro juízes votaram
Contrários à validade
Porém, sete confirmaram
Que a Lei vale de verdade
3.Sete juízes colaram
Na vontade popular
Só quatro não concordaram
Que o povo sabe pensar
4.Nosso povo anda cansado
De ver tanta enganação
De ver que cabras safados
Arrasam toda a nação
5.Muita gente trabalhou
Por Projeto Popular
Nosso Congresso aprovou
Lei tem que funcionar
6.Os que querem corrupção
Para sempre se arrumarem
Não querem legislação
Que os impeça de roubar
7.Mas o povo tá acordando
Pra buscar sua defesa
Seus direitos procurando
Com esperança e firmeza
8.O povo sabe escolher
Todos seus representantes
Mas precisa proteger-se
Da esperteza dos farsantes
9.O Projeto Ficha Limpa
Agora norma legal
É lei bastante sucinta
Não é a original
10.É lei que a força do povo
Pode agora conquistar
Teremos Congresso novo
Quando todos despertarem
11Muitos tentaram burlar
O bom sentido da Lei
Venceu a força do povo
Que tem fé no justo Rei
12.O povo saiu em campo
Pra defender sua Lei
Pois sempre teve certeza
Que: Vox Populi, Vox Dei
13.Esse Projeto aprovado
Vai produzir muitos frutos
Embora modificado
Vai inibir muitos astutos
14.Vamos ficar vigilantes
Não vamos ficar parados
Pra não deixar meliante
Enganar pra ser votado.
Edmílson Martins (17/2/2012)
1.O Supremo Tribunal
Decidiu por maioria
Ficha Limpa é legal
Venceu a sabedoria
2.Quatro juízes votaram
Contrários à validade
Porém, sete confirmaram
Que a Lei vale de verdade
3.Sete juízes colaram
Na vontade popular
Só quatro não concordaram
Que o povo sabe pensar
4.Nosso povo anda cansado
De ver tanta enganação
De ver que cabras safados
Arrasam toda a nação
5.Muita gente trabalhou
Por Projeto Popular
Nosso Congresso aprovou
Lei tem que funcionar
6.Os que querem corrupção
Para sempre se arrumarem
Não querem legislação
Que os impeça de roubar
7.Mas o povo tá acordando
Pra buscar sua defesa
Seus direitos procurando
Com esperança e firmeza
8.O povo sabe escolher
Todos seus representantes
Mas precisa proteger-se
Da esperteza dos farsantes
9.O Projeto Ficha Limpa
Agora norma legal
É lei bastante sucinta
Não é a original
10.É lei que a força do povo
Pode agora conquistar
Teremos Congresso novo
Quando todos despertarem
11Muitos tentaram burlar
O bom sentido da Lei
Venceu a força do povo
Que tem fé no justo Rei
12.O povo saiu em campo
Pra defender sua Lei
Pois sempre teve certeza
Que: Vox Populi, Vox Dei
13.Esse Projeto aprovado
Vai produzir muitos frutos
Embora modificado
Vai inibir muitos astutos
14.Vamos ficar vigilantes
Não vamos ficar parados
Pra não deixar meliante
Enganar pra ser votado.
VICENCINHA GUERREIRA
VICENCINHA GUERREIRA (por Edmílson Martins (30/01/2012)
Nestes versos de cordel
Gênero bem nordestino
Quero louvar minha prima
Que partiu pra bom destino
Hoje se encontra no céu
Junto a outros peregrinos
Dessa prima Vicencinha
Guardo saudosas lembranças
Lá da Serra do Araripe
Desde o tempo de criança
Naquela serra bonita
Cheia de verde e esperança
Guerreira como Iracema
Lá na serra batalhava
Como a índia de Ipu
Corajosa trabalhava
Pela criação dos filhos
Talentosa se empenhava
A vida inteira lutou
Ao lado do tio João
Sempre muito corajosa
Teve firme decisão
A família construiu
Com ternura e precisão
Habitou neste planeta
Viveu noventa e seis anos
Cumprindo bem sua missão
Nunca teve desenganos
Partiu para o paraíso
Onde a vida não tem danos
Foi encontrar o tio João
Irmãos e outros parentes
Foi ver todos os amigos
Bem de perto frente a frente
Foi recebida com festa
Com Deus e anjos presentes
Ela tá hoje sem dúvida
No convívio dos eleitos
Pedindo por todos nós
Perdão por nossos defeitos
Por isso nos alegramos
E ficamos satisfeitos
Nestes versos de cordel
Gênero bem nordestino
Quero louvar minha prima
Que partiu pra bom destino
Hoje se encontra no céu
Junto a outros peregrinos
Dessa prima Vicencinha
Guardo saudosas lembranças
Lá da Serra do Araripe
Desde o tempo de criança
Naquela serra bonita
Cheia de verde e esperança
Guerreira como Iracema
Lá na serra batalhava
Como a índia de Ipu
Corajosa trabalhava
Pela criação dos filhos
Talentosa se empenhava
A vida inteira lutou
Ao lado do tio João
Sempre muito corajosa
Teve firme decisão
A família construiu
Com ternura e precisão
Habitou neste planeta
Viveu noventa e seis anos
Cumprindo bem sua missão
Nunca teve desenganos
Partiu para o paraíso
Onde a vida não tem danos
Foi encontrar o tio João
Irmãos e outros parentes
Foi ver todos os amigos
Bem de perto frente a frente
Foi recebida com festa
Com Deus e anjos presentes
Ela tá hoje sem dúvida
No convívio dos eleitos
Pedindo por todos nós
Perdão por nossos defeitos
Por isso nos alegramos
E ficamos satisfeitos
BANCÁRIO E APOSENTADO
BANCÁRIO E APOSENTADO
Edmílson Martins-fev/2012
1.Muitos anos fui bancário
Hoje sou aposentado
Vivo com baixo salário
Por banqueiro fui explorado.
2.Trabalhei com precisão
Produzindo muito lucro
Enchi bolso do patrão
Ficando quase maluco.
3.Lidei com muitos milhões
De poucos capitalistas
No meu bolso alguns tostões
Com tanto dinheiro à vista.
4.Vendo nascerem as riquezas
Dos donos do capital
Também vi crescer pobreza
De forma descomunal.
5.Os banqueiros usurários
Gananciosos, vorazes
Muito exploram os bancários
Exigindo sempre mais.
6.Com horário de seis horas
Sempre de segunda a sexta
A saúde foi-se embora
Trabalhando horas extras.
7.Hoje como aposentado
Com tanta contribuição
Com o salário aviltado
Nem pareço cidadão.
8.Recursos da Previdência
Que governos manipulam
Com muito grande indecência
Nos bolsos de outros pululam.
9.Senadores, deputados
Decidiram ser corretos
Dando aumento a aposentados
Mas dona Dilma põe veto.
10.Quem ganha salário mínimo
Tem reajuste real
Quem ganha acima do mínimo
Reajuste é desigual.
11.Salário de aposentado
Vergonha nacional
Nos deixa sacrificados
Pra atender ao capital.
12.Mas nossos aposentados
Ricos em experiência
Não podem ficar parados
Sofrendo com paciência.
13.Ficar duros não tem graça
Nem parados esperando
Jogando cartas na praça
Quando estão nos explorando.
14.Vamos para os sindicatos
Botar a boca no mundo
Não sejamos tão pacatos
Pois não somos vagabundos.
15.Os que pararam fizeram
As riquezas da nação
Formaram os que vieram
Pra dar continuação.
16.Trabalhadores da ativa
Juntos com aposentados
Formam força combativa
Se lutarem irmanados
17.Os mais jovens com vigor
Os mais velhos com saber
Unidos com muito ardor
Lutaremos pra valer.
18.Juntos nós conquistaremos
Justas condições de vida
Unidos não temeremos
Quem boicota nossa lida.
Edmílson Martins-fev/2012
1.Muitos anos fui bancário
Hoje sou aposentado
Vivo com baixo salário
Por banqueiro fui explorado.
2.Trabalhei com precisão
Produzindo muito lucro
Enchi bolso do patrão
Ficando quase maluco.
3.Lidei com muitos milhões
De poucos capitalistas
No meu bolso alguns tostões
Com tanto dinheiro à vista.
4.Vendo nascerem as riquezas
Dos donos do capital
Também vi crescer pobreza
De forma descomunal.
5.Os banqueiros usurários
Gananciosos, vorazes
Muito exploram os bancários
Exigindo sempre mais.
6.Com horário de seis horas
Sempre de segunda a sexta
A saúde foi-se embora
Trabalhando horas extras.
7.Hoje como aposentado
Com tanta contribuição
Com o salário aviltado
Nem pareço cidadão.
8.Recursos da Previdência
Que governos manipulam
Com muito grande indecência
Nos bolsos de outros pululam.
9.Senadores, deputados
Decidiram ser corretos
Dando aumento a aposentados
Mas dona Dilma põe veto.
10.Quem ganha salário mínimo
Tem reajuste real
Quem ganha acima do mínimo
Reajuste é desigual.
11.Salário de aposentado
Vergonha nacional
Nos deixa sacrificados
Pra atender ao capital.
12.Mas nossos aposentados
Ricos em experiência
Não podem ficar parados
Sofrendo com paciência.
13.Ficar duros não tem graça
Nem parados esperando
Jogando cartas na praça
Quando estão nos explorando.
14.Vamos para os sindicatos
Botar a boca no mundo
Não sejamos tão pacatos
Pois não somos vagabundos.
15.Os que pararam fizeram
As riquezas da nação
Formaram os que vieram
Pra dar continuação.
16.Trabalhadores da ativa
Juntos com aposentados
Formam força combativa
Se lutarem irmanados
17.Os mais jovens com vigor
Os mais velhos com saber
Unidos com muito ardor
Lutaremos pra valer.
18.Juntos nós conquistaremos
Justas condições de vida
Unidos não temeremos
Quem boicota nossa lida.
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