sexta-feira, 27 de abril de 2012

DIREITO PROFANADO


Por Edmílson Martins
(12/04/2012)



Oh Santo Deus, que horror !
Que decisão infernal !
Que tenebroso momento
Do Supremo Tribunal !
Que condena gente à morte
Já no ventre maternal

Oito juízes negaram
O direito de nascer
Descartam um ser humano
Como fosse qualquer ser
Violam obra do Mestre
Que bem sabe o que fazer

Só dois juízes sensatos
Julgaram com coerência
Por respeitarem a vida
Decidiram com sabença
Defendem ser inocente
Mesmo com breve existência

Os dois juízes prudentes
Tiveram pensar normal:
Vida é dom, compromisso
Com percurso natural
Ainda que seja breve
Sustar ninguém tem moral

Herodes matou crianças
Com frieza sem igual
Hoje age da mesma forma
Sem ética, sem moral
Quem decide pela morte
Duma criança anormal

Descartar um ser humano
Sem condições de defesa
É agir com covardia
E sem nenhuma grandeza
É não dar valor à vida
É tirano com certeza

O feto anencefálico
É ser humano formado
É ser frágil e inocente
Não pode ser descartado
Merece todo o respeito
Não pode ser aviltado


Ele não é o culpado
De sua má formação
É gente e filho de Deus
Merece toda atenção
Seus direitos são sagrados
Não aceita exceção.

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