sábado, 15 de dezembro de 2012

MENSALÃO


Por Edmílson Martins (com a participação de Maria José)
Rio, novembro de 2012
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Ao ligar televisão
Vendo no canal Justiça
Conversas do mensalão
Sinto revolta e preguiça.
Tenho pena da cegonha
Que trouxe esses sem-vergonhas
Que com tal descaramento
Roubaram o nosso povo
Dizendo fazer o novo
Prestando até juramento.

São sete anos de processo
Onze juízes bem pagos
Pra examinar os excessos
De ladrões e seus estragos
Que roubam povo sofrido,
Mesmo escutando gemido,
Com atos tão deprimentes
E com tenebrosos planos,
Agindo embaixo dos panos
Com propostas indecentes.

Ante tamanha sujeira
Vemos juízes confusos
Dizendo bastante asneiras
Com argumentos difusos.
As evidências são claras
Todos os fatos declaram
Que o esquema era criminoso
Pela sede de poder
Pela vontade de ter
Pelo fazer asqueroso.

E existe certo partido
Vindo dos trabalhadores
Defensor dos oprimidos
Praticando esses horrores.
Meu Deus! Mas que aconteceu?
Nosso povo adormeceu?
Deixou falar em seu nome
Aliançar tanta trama
Jogar seu nome na lama
Em transação que consome?

Sigla do trabalhador
Que seria uma esperança
Logo, logo, derrapou.
Fazendo muita lambança,
Tornou-se sigla comum
Não guardou princípio algum.
Vindo pra ser diferente
Desviou-se do caminho
Deixando povo sozinho
Enganando toda a gente.

Que a lama do mensalão
Os exemplos desonestos
Sirvam sempre de lição
Despertem nossos protestos.
Que o povo preste atenção
Não permita corrupção
Não consinta desatino
Esteja sempre presente
Não deixe gente indecente
Conduzir o seu destino.

Rio, novembro de 2012
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