PRODUTO DE ESTRUTURAS PERVERSAS
Edmílson Martins de Oliveira
Novembro/2025
Ele nasceu e se criou
No meio da perdição
Sem escola sem trabalho
Só consumo e submissão
Com o canto das sereias
É levado à ilusão
Ganhar dinheiro no tráfico
Sem pensar na maldição
Os convites do consumo
Lhe geram muita ambição
Pra ganhar uma miséria
Um emprego não quer não
É fácil entrar no crime
Embora sair não possa
Compensa dinheiro fácil
Melhor que ficar na fossa
Quer ficar dentro da moda
Porque o consumo lhe força
Hoje o crime organizado
Pra ele é profissão
E se sente muito livre
Melhor do que ter patrão
Tráfico é coisa livre
Emprego é sujeição
Do poderoso chefão
Que vive nos bastidores
É apenas funcionário
Livres ficam os senhores
Vivendo na escravidão
Ele fica com as dores
Esse menino, coitado
É vítima de covardes
De sujeitos desumanos
Que matam com muito alarde
E ainda louva o malfeito
Pousando com muito charme
Os sistemas sociais
Que causam desigualdades
Criam muitas condições
Para desumanidades
Corrompendo a juventude
A matam sem piedade
Governantes sem decência
Sem moral sem dignidade
Que fingem manter a ordem
Matando com crueldade
Não têm lugar na História
E não deixarão saudade
Eles promovem o crime
E negam vida decente
Depois corrompem o jovem
E o chamam de delinquente
Para depois o matar
Dizendo que não é gente
Chega de hipocrisia
O povo tem que acordar
Contra os sistemas danosos
Todos temos que lutar
Já chega de consumismo
Esse mal tem que acabar
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