segunda-feira, 10 de novembro de 2025

PRODUTO DE ESTRUTURAS PERVERSAS

 

   PRODUTO DE ESTRUTURAS PERVERSAS

                         Edmílson Martins de Oliveira

                         Novembro/2025

 

Ele nasceu e se criou

No meio da perdição

Sem escola sem trabalho

Só consumo e submissão

Com o canto das sereias

É levado à ilusão

 

Ganhar dinheiro no tráfico

Sem pensar na maldição

Os convites do consumo

Lhe geram muita ambição

Pra ganhar uma miséria

Um emprego não quer não

 

É fácil entrar no crime

Embora sair não possa

Compensa dinheiro fácil

Melhor que ficar na fossa

Quer ficar dentro da moda

Porque o consumo lhe força

 

Hoje o crime organizado

Pra ele é profissão

E se sente muito livre

Melhor do que ter patrão

Tráfico é coisa livre

Emprego é sujeição

 

Do poderoso chefão

Que vive nos bastidores

É apenas funcionário

Livres ficam os senhores

Vivendo na escravidão

Ele fica com as dores

 

 

Esse menino, coitado

É vítima de covardes

De sujeitos desumanos

Que matam com muito alarde

E ainda louva o malfeito

Pousando com muito charme

 

Os sistemas sociais

Que causam desigualdades

Criam muitas condições

Para desumanidades

Corrompendo a juventude

A matam sem piedade

 

Governantes sem decência

Sem moral sem dignidade

Que fingem manter a ordem

Matando com crueldade

Não têm lugar na História

E não deixarão saudade

 

Eles promovem o crime

E negam vida decente

Depois corrompem o jovem

E o chamam de delinquente

Para depois o matar

Dizendo que não é gente

 

Chega de hipocrisia

O povo tem que acordar

Contra os sistemas danosos

Todos temos que lutar

Já chega de consumismo

Esse mal tem que acabar

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