(Filhos do casal
COMPANHEIROS INSEPARÀVEIS
Edmílson e Maria José
08/12/2020
Hoje, 08 de dezembro de 2020, completamos 54 anos de casamento e 56 anos e dez meses de companheirismo. Conhecemo-nos em fevereiro de 1964.
Foram dois anos de namoro e um ano de noivado. Era assim o período anterior ao casamento. Um tempo de preparação para assumir um compromisso, que seria para a vida inteira.
E na igreja, perante o altar e o testemunho de centenas de amigos, as promessas de eterno amor e compromisso, compreendendo a longa caminhada por uma longa estrada repleta de rosas, mas nunca rosas sem espinhos.
Assim, somos parceiros, unidos na luta desde 1964, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na vitória ou na derrota, concordando ou discordando, mas sempre fiéis companheiros de caminhada, em busca da vitória final do amor e da justiça.
Assim tem sido e assim continuará sendo. Nesses 56 anos de luta, derrubamos muros, construímos pontes, removemos pedras, plantamos flores. Semeamos a boa semente. Colhemos frutos? Sim. Não tudo que desejamos, mas colhemos frutos da semente caída em terra boa.
Quando assumimos o compromisso da vida em comum, tínhamos em mente a construção de uma família, uma pequena comunidade, no estilo das primeiras comunidades cristãs, que pudesse contribuir para a construção de uma sociedade justa e fraterna.
Nesse processo de construção, enfrentamos prepotências, perseguições, repressões, prisões e todo tipo de obstáculos. Sempre um lado de nós dizendo que sim e outro lado dizendo que não. Mas resistimos e cultivamos o lado do sim. Mantendo a vida comunitária, lutamos pela democracia, sufocada pela ditadura; defendemos as liberdades democráticas, participamos da organização de Movimentos Populares; participamos da luta política partidária, etc.
Terminamos este texto
com estas afirmações do escritor Fernando Sabino:
“De tudo ficaram três coisas... A certeza de que estamos começando... A certeza de que é preciso continuar... A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar... Façamos da interrupção um caminho novo... Da queda, um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro!”
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