quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ANO NOVO, ANO VELHO

 

ANO VELHO, ANO NOVO

               

                       Edmílson Martins

                       Dezembro de 2020

 

 

Um velho ano acabou?

Um novo vai começar?

Conversa pra boi dormir

Tudo vai continuar

O tempo não tem começo

Logo não vai terminar.

 

As festas de “fim de ano”

Existem pra consumir

Neste tempo, sem consumo

Vida não deve existir

Eu consumo, logo existo

Nisso devo consistir.

 

“Mais um ano terminou”!

Dizem todos festejando

Sem perceber no entanto

Que é a vida passando

Pela falta de cuidados

Vivemos nos enganando.

 

Pensamos que o tempo passa

Mas somos nós que passamos

Novo tempo só existe

Quando no tempo mudamos

Pensando que o tempo passa

Todos nós nos enganamos.

 

Portanto final de ano

É ilusão passageira

Vamos seguir pela vida

Que passa muito ligeira

Festejando a vida sempre

Sem consumo e bebedeira.

 

À meia noite explosões

Num frenesi tresloucado

Só corações não explodem

Pro mundo ficar mudado

Nos fogos e gritaria

Corações ficam gelados.

 

São sempre os sinais dos tempos

Com o verbo esperançar

Que devem servir de guia

Pra gente se renovar

Com milagre da vontade

De novo mundo criar.

 

 

 

 

COVID HOMICIDA

 

 

 

 

 

O COVID HOMICIDA

             Edmílson Martins

              Dezembro/2020

  

Covid é falso profeta 

Quer reunir multidão

Pretende matar mais gente

Sem dó e sem compaixão

Dizendo vá faça festa

Não fique na solidão.

  

Esse covid é perverso

Invisível criminoso

É também muito covarde

Maltratando muito idoso

É inimigo da vida

Indecente e belicoso.

 

Esse covid é safado

Não devemos bobear

Tenhamos muito cuidado

Pra ele não nos pegar

Usar a máscara sempre

De outros distanciar.

 

Neste Natal de Jesus

De Herodes homicidas

Dos senhores do mercado

Que não respeitam a vida

Não façamos reuniões

Pra não sermos genocidas.

 

Natal é festa sagrada

Não festa comercial

Essa sede de consumo

Não é festejo normal

O covid coisa ruim

Faz da festa funeral.

  

Cento e oitenta mil mortos

Pela falta de cuidados

De autoridades perversas

A serviço do mercado

De falsos representantes

Já com mandato fraudado.

 

Por isso neste Natal

Louvando o mestre Jesus

O bom Menino da gruta

Depois matado na cruz

Evitemos reuniões

Pedindo a Deus sua luz.

 

Pra proteger a família

Desse corona mortal

Para evitar mais contágios

Com proporção social

Por favor, fique em casa

Nesta festa do Natal.