PRAGAS ONTEM E HOJE
Edmílson Martins
Julho de 2020
Corações endurecidos
O povo no cativeiro
Tiranos enlouquecidos
Querendo ser verdadeiros.
Corações endurecidos
Que não ouvem os clamores
Das pessoas oprimidas
Sempre praticam horrores.
Assim foi lá no Egito
Como conta as Escrituras
Um Faraó bem maldito
Explorava as criaturas.
Daí as pragas rigorosas
Resposta às insanidades
Duma gente impiedosa
Que fazia atrocidades.
Com águas ensanguentadas
Muitas rãs por toda parte
Mosquitos, moscas alados
A peste matando o gado.
Mas o Faraó contudo
Coração endurecido
Permanece carrancudo
Mantendo povo oprimido.
Hoje o mundo se parece
Com aquele do passado
Com povo no cativeiro
Vítima do vil mercado
Com tiranos sem escrúpulos
Bem perversos e safados.
As pragas estão presentes
Resposta da natureza
Que sofre com os estragos
Que mancham sua beleza
E não aceita submissão
Reagindo com firmeza.
Amazônia desmatada
Os animais dizimados
As águas diminuídas
Com as secas prolongadas
O planeta poluído
Com o calor aumentado.
Tudo isso acontecendo
Com toda a humanidade
Hoje muito escravizada
Por sistemas da maldade
Que se lixam para a vida
Produzem morte e ruindade.
O sistema de mercado
Com toda sua ganância
É pai dessa pandemia
Que causa tanta lambança
Matando seres humanos
Com desamor e arrogância.
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