O CANTO DAS SEREIAS
Edmílson Martins e Oliveira
Agosto/2024
Vindo do mar tenebroso
Canto doce das sereias
Atraindo povo incauto
Que está sentado na areia
Carrega-o pro mar imundo
Amarrando-o com correias
O mar é o capital
Que suga sangue da gente
Sereias o consumismo
Que logrando toda a gente
Empurra pro precipício
Com o canto doce e ardente
Sórdido capitalismo
Matador de marinheiros
Que os leva ao fundo do mar
Pra conseguir mais dinheiro
Com o canto das sereias
Explorando o mundo inteiro
Contra o vil capitalismo
Não vamos ser como Orfeu
Com seu canto mavioso
Vamos ser como o Odisseu
Desafiando sereias
Prendendo-se ao mastro seu
Vamos assim ignorar
A cantiga sedutora
Do criminoso sistema
Com sua voz tentadora
Fechemos nossos ouvidos
Por ser voz enganadora
Pelas ilhas das sereias
Dos deuses do capital
Vamos passar sem ouvi-las
Porque elas são do mal
Vamos assim derrotá-las
Com nossa força vital
Não nos deixemos levar
Por esse canto mortal
Vamos combater serenos
Esse poder tão brutal
Sepultar no oceano
O nefasto ritual
Navegamos em mar bravo
De ondas bem traiçoeiras
De promessas enganosas
Das agendas financeiras
Que desviam a atenção
De buscas mais verdadeiras
Vamos fazer como Ulisses
Mandando pro fundo mar
O tal canto do mercado
Pra não mais incomodar
Para seguirmos viagem
Rumo ao nosso bem-estar
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