segunda-feira, 16 de setembro de 2024

O CANTO DAS SEREIAS

 

 

O CANTO DAS SEREIAS

 

             Edmílson Martins e Oliveira

                Agosto/2024

 

Vindo do mar tenebroso

Canto doce das sereias

Atraindo povo incauto

Que está sentado na areia

Carrega-o pro mar imundo

Amarrando-o com correias

 

O mar é o capital

Que suga sangue da gente

Sereias o consumismo

Que logrando toda a gente

Empurra pro precipício

Com o canto doce e ardente

 

Sórdido capitalismo

Matador de marinheiros

Que os leva ao fundo do mar

Pra conseguir mais dinheiro

Com o canto das sereias

Explorando o mundo inteiro

 

Contra o vil capitalismo

Não vamos ser como Orfeu

Com seu canto mavioso

Vamos ser como o Odisseu

Desafiando sereias

Prendendo-se ao mastro seu

 

Vamos assim ignorar

A cantiga sedutora

Do criminoso sistema

Com sua voz tentadora

Fechemos nossos ouvidos

Por ser voz enganadora

 

Pelas ilhas das sereias

Dos deuses do capital

Vamos passar sem ouvi-las

Porque elas são do mal

Vamos assim derrotá-las

Com nossa força vital

 

Não nos deixemos levar

Por esse canto mortal

Vamos combater serenos

Esse poder tão brutal

Sepultar no oceano

O nefasto ritual

 

Navegamos em mar bravo

De ondas bem traiçoeiras

De promessas enganosas

Das agendas financeiras

Que desviam a atenção

De buscas mais verdadeiras

 

Vamos fazer como Ulisses

Mandando pro fundo mar

O tal canto do mercado

Pra não mais incomodar

Para seguirmos viagem

Rumo ao nosso bem-estar

 

 

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