VOU-ME EMBORA PRA PERSÉPOLIS
(inspirado nos
poemas de Manuel Bandeira: “Poética”, “Os sapos”, e “Vou-me embora pra
Pasárgada)
Edmílson Martins
Abril de 2017
Vou-me embora pra Persépolis
Aqui eu não fico mais
Vou-me embora pra Persépolis
Aqui tem roubo de mais
Vou-me embora pra Persépolis
Aqui não encontro paz.
Lá não existe congresso
Nem Supremo Tribunal
Lá não tem o juiz Moro
Nem Polícia Federal
Não tem senado nem câmara
Nem político boçal.
Vou-me embora pra Persépolis
Lá a política é séria
Aqui já foi – foi – não foi
Lá não existe miséria
Lá a vida tem valor
Não é somente matéria.
Em Persépolis tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir corrupção
Tem uns partidos decentes
Que respeitam a nação.
Lá políticos são sérios
Não entram no lero-lero
-“Sei!” – “Não sabe!” – Sabe!”
- “Quero!” – “Não quero!” – “Quero!”
Tratam problemas do povo
De modo puro e sincero.
Vou-me embora pra Persépolis
Estou farto da política
Deste sistema perverso
Que deixa nação raquítica
Nosso povo na pobreza
Numa situação crítica.
Vou-me embora pra Persépolis
Estou farto da má ação
De gente que capitula
Da perversa corrupção
Quero viver num lugar
Onde há libertação.
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