SILÊNCIO DAS JURITIS
Edmílson Martins
Março/2017
No meu tempo de criança
No sertão do Ceará
Via muitas juritis
Que viviam a cantar
O seu canto mavioso
Era gostoso escutar.
Aquele pássaro cinza
Habitante da floresta
Cantava todos os dias
Deixando a mata em festa
Agora está sendo vítima
Da droga que a planta infesta.
Aquela fotografia
Faz doer meu coração
Porque mostra juritis
Espalhadas pelo chão
Mortas pelo agronegócio
Sem dó e sem compaixão.
Os biomas brasileiros
Com a defesa da vida
É campanha deste ano
Da Igreja em saída
Como quer papa Francisco
E a Senhora Aparecida.
Cultivar a criação
É o lema da campanha
Construir fraternidade
Com uma força tamanha
Para salvar os biomas
Dos homens com sua sanha.
Salvar a Mata Atlântica
A Caatinga e o Pantanal
Pampas, Cerrado, Amazônia
Da destruição brutal
Por lucros gananciosos
Dos donos do capital.
Pra salvar nossas florestas
Nossa fauna e nossa flora
Da estúpida depredação
Praticada a toda hora
Sairemos em campanha
Com certeza da vitória.
Vamos salvar juritis
Toda a fauna e toda a flora
Vamos salvar o planeta
Antes que passe da hora
Pra não sermos destruídos
Vamos começar agora.
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