sexta-feira, 8 de julho de 2016

A TRISTEZA DA ÁGUA SANTA










 
A TRISTEZA DA ÁGUA SANTA
    Edmílson Martins
    Julho/2016

Passando rapidamente
Pelas ruas da Água Santa,
Senti o silêncio dolente
Do Bairro que já não canta,
Percebi casas trancadas
E muitos jardins sem planta.

Ruas que eram alegres
Hoje não têm alegria,
Não têm crianças brincando
Com a sua gritaria,
O medo da violência
Tornou a vida sombria.

Passarinhos já não cantam,
Mostrando sua tristeza.
As árvores, sem os pássaros,
Escondem sua beleza,
Porque o povo tristonho
Entristece a natureza.

Entro em casa apressado
Vejo Maria José
Triste com portas fechadas
E lhe pergunto o que é.
Não posso cuidar das plantas
Diz essa terna mulher.

Nosso jardim, que é lindo,
Deixa de ser cultivado
Deixando o meio ambiente
Triste e muito desolado
Com pessoas impedidas
De prestar seus bons cuidados.

Quem fere seres humanos
Fere toda a natureza
A natureza ferida
Tira do homem a grandeza
Ficando todo o universo
Órfão da sua beleza.

Injustiça social
Desequilibra o planeta.
Deixa o mundo inseguro
Sociedade careta
Prejudica a natureza
Deixa o homem de muleta.

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