UM
ROSTINHO NA AREIA
Edmílson Martins
Setembro/2015
Rostinho
de anjo na areia
Meu
Deus, quanta crueldade!
O mundo
está precisando
De nova
humanidade
Dotada
de mais ternura
Com
mais amor e bondade.
O mar
bom e generoso
Devolveu
o anjo menino
Perguntando
ao ser humano
Por que
tanto desatino
Agasalhando
na areia
O rosto
tão pequenino.
Famílias
no oceano
Buscando
refúgio e paz
Fugindo
do seu país
Onde
não suportam mais
A
violência da guerra
Com a
maldade que traz.
Os
horrores são tão fortes
Que o
povo forte desterra
Prefere
correr os riscos
A
sofrer horror da guerra
Prefere
os riscos do mar
A ter
maltrato na terra.
Os
senhores da ganância
Do
lucro e podres poderes
São os
Herodes hodiernos
Plenos
de orgulho e quereres
Que
matam seres humanos
Para
seus torpes prazeres.
Em toda
parte do mundo
Ouve-se
um grito de dor
De
gente civilizada
Expressando
seu clamor
Contra
esse crime horrendo
Que a
todos causa pavor.
Que
esse crime hediondo
Vergonha
do ser humano
Sirva
para despertar
Pra
luta contra os tiranos
Que só
semeiam na terra
Sofrimento
e desengano.
Aquele
rosto na areia
Do bom menino
inocente
Está
clamando justiça
Solicitando
da gente
Que não
fiquemos alheios
Parados,
indiferentes.
Aquele
tenro menino
Com seu
rostinho na areia
Parece
curvar-se ao mar
Agradecendo
às sereias
Por
tê-lo trazido à terra
Através
da maré cheia.
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