sexta-feira, 27 de abril de 2012

DIREITO PROFANADO


Por Edmílson Martins
(12/04/2012)



Oh Santo Deus, que horror !
Que decisão infernal !
Que tenebroso momento
Do Supremo Tribunal !
Que condena gente à morte
Já no ventre maternal

Oito juízes negaram
O direito de nascer
Descartam um ser humano
Como fosse qualquer ser
Violam obra do Mestre
Que bem sabe o que fazer

Só dois juízes sensatos
Julgaram com coerência
Por respeitarem a vida
Decidiram com sabença
Defendem ser inocente
Mesmo com breve existência

Os dois juízes prudentes
Tiveram pensar normal:
Vida é dom, compromisso
Com percurso natural
Ainda que seja breve
Sustar ninguém tem moral

Herodes matou crianças
Com frieza sem igual
Hoje age da mesma forma
Sem ética, sem moral
Quem decide pela morte
Duma criança anormal

Descartar um ser humano
Sem condições de defesa
É agir com covardia
E sem nenhuma grandeza
É não dar valor à vida
É tirano com certeza

O feto anencefálico
É ser humano formado
É ser frágil e inocente
Não pode ser descartado
Merece todo o respeito
Não pode ser aviltado


Ele não é o culpado
De sua má formação
É gente e filho de Deus
Merece toda atenção
Seus direitos são sagrados
Não aceita exceção.

terça-feira, 10 de abril de 2012

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012

Por Edmílson Martins

A Igreja no Brasil
Fiel a Cristo Jesus
Ajuda o povo carente
A carregar sua cruz
Defendendo seus direitos
Como ensina o Deus da luz

Nossa campanha deste ano
Fraternidade e Saúde
Deseja propor a todos
A mudança de atitude
Sobre a saúde do povo
Que tem tratamento rude

Saúde é um direito
O povo não quer favor
Quer tratamento decente
Pois para isso pagou
Quer os recursos de volta
Que o governo desviou

Há muita gente doente
Esperando tratamento
Há recursos desviados
Pra atender rico avarento
Trazendo pra nosso povo
Muita dor e sofrimento

Os recursos financeiros
Desviados da saúde
É crime de lesa-povo
É fraudulenta atitude
Quem age dessa maneira
Não tem nenhuma virtude

Jesus proclamou seu Reino
Curando povo carente
Denunciando sistemas
Que mantém gente impotente
Fez cego ver, surdo ouvir
Tornando vida fluente

Ter saúde é preciso
Pra inclusão social
Pra viver com alegria
Levando vida normal
Pra isso todos precisam
De médico e hospital

Nossa gente anda cansada
Das filas nos hospitais
Falta médico e remédio
O povo não aguenta mais
Precisamos reagir
Nossa dor já está demais

Saúde Pública é
Um direito social
Também questão de justiça
E tem que ser integral
Sua privatização
Só atende ao capital

Suscitar em todo o povo
Espírito fraternal
Para buscar soluções
Pra doença e todo o mal
Deseja nossa Igreja
Neste tempo quaresmal

Nós não queremos esmolas
Mas o direito sagrado
À boa saúde e à vida.
Não vamos ficar calados
Não pedimos, exigimos
Que sejamos bem tratados

Com a fé no Deus da vida
Vamos sair em campanha
Alegres e bem dispostos
Com esperança tamanha
Pois fraternos venceremos
Todo o mal ou artimanha.


Rio, março de 2012

MINHA CANÇÃO

• Por: Edmílson / Maria José.

• Nasci na beira do rio
• Tenho saudades de lá
• Já não vejo água correr
• Pois estou perto do mar

• Lá na minha Barra Mansa
• Vivi toda minha infância
• A vida lá era calma
• Não havia traficância

• A criançada brincava
• Tomando banho no rio
• A alegria era total
• Fosse sol, calor ou frio.

• Pensando com meus botões
• Mais prazer encontrei lá
• Aqui já não vejo rio
• Só vejo água do mar.

• Não permita Deus que eu morra
• Sem que um dia volte lá
• Pra rever águas do rio
• Que não encontro por cá