sábado, 17 de dezembro de 2011

A GRANDE ASSEMBLEIA CELESTIAL

Por Edmílson Martins
Há mais ou menos 2.700 anos, houve uma grande assembleia no Céu, convocada pela Trindade Santíssima. Estavam presentes o Pai, o Filho, o Espírito Santo, os anjos e todos os santos do Céu. O assunto do dia era o Planeta Terra.
Os relatórios diziam que no Planeta Terra a situação estava difícil. A humanidade estava confusa, como ovelhas sem pastor. O povo estava tateando na escuridão, precisando de luz.
Disse o Pai:“Criamos a Terra com tudo que é necessário para uma boa convivência. Não deixamos nada faltar. Criamos o homem e a mulher à nossa imagem e semelhança e os colocamos na terra para administrá-la. Mas Lúcifer (Satã), o inimigo do Reino, com inveja, induziu-os a aceitarem coisas de que não precisavam. Foi tão poderoso o seu marketing que eles caíram na armadilha e se afastaram do Paraíso.
Lúcifer dividiu a comunidade humana, jogando uns contra os outros. Lembrem-se de que Adão acusou Eva e esta acusou a serpente. Caindo nas armadilhas, os homens afastaram-se do Projeto da criação, ficaram à mercê das ações diabólicas e se tornaram confusos e infelizes.
Com isso, Lúcifer pensou que dominaria o mundo, esquecendo-se de que fora expulso do Céu, juntamente com seus seguidores, por causa dos seus desejos orgulhosos. Inseminou nos homens a inveja, a gula, a preguiça, o orgulho, a luxúria, a ira e a preguiça. Mas enganou-se, pensando que abandonaríamos nossos filhos.
Não quisemos ser autoritários, atuando diretamente contra Satanás. Para liquidá-lo, achamos por bem agir juntos com nossos filhos, feitos à nossa imagem e semelhança. Escolhemos homens de boa vontade, fiéis ao Projeto do Reino, para ajudar o povo na caminhada de volta ao Paraíso.”
Falaram então os principais líderes da humanidade, fiéis ao Projeto do Senhor Deus, contando as suas experiências.
Primeiro falou Noé, o justo, discorrendo sobre a corrupção da sociedade da sua época, da construção da arca, do dilúvio, da salvação da sua família e das espécies que pôde reunir. Disse que não pôde salvar os que não quiseram aceitar as propostas do Reino de Deus. E falou do Projeto da Nova Criação, desenvolvido conforme recomendação do Senhor. Finalizou dizendo que a ação de Lúcifer continuou e quase todo o povo se corrompeu, induzido a alianças espúrias, e se afastou do Projeto da Nova Criação.
Em seguida, falou o patriarca Abrahão, o homem da fé, contando o desempenho da missão que lhe foi confiada: a organização de um povo que seria portador do Projeto do Reino, que tem por objetivo refazer nos homens a imagem e semelhança de Deus, desfigurada pelo pecado. Disse que a caminhada foi difícil, mas, com a ajuda do Senhor Deus, os avanços foram significativos.
Depois falou Moisés, relatando a luta de libertação do povo organizado por Abrahão, escravo no Egito durante 500 anos. Contou sobre os desafios, a organização do povo, a travessia do Mar Vermelho, os obstáculos na caminhada pelo deserto, as tentações, a corrupção, etc. Disse que, apesar das ações nefastas dos inimigos do Reino, a luta continuou rumo à Terra Prometida.
Falaram os juízes, pessoas iluminadas e fiéis, escolhidas por Deus para ajudar o povo a se libertar da idolatria, que impedia a liberdade e a vida. De vez em quando, o povo se afastava do Projeto de Deus e se aliava aos ídolos da ganância, das riquezas e do poder e se corrompia. Os juízes contaram suas experiências e os avanços e recuos do povo.
Alguns reis, também fiéis ao Projeto do Reino, a começar por Davi, falaram da sua luta à frente do povo, tentando mantê-lo na caminhada, dentro do Plano de Deus. Disseram que o período dos reis foi difícil, mas houve avanços.
Diante de todos os relatos, viu a Trindade Santa que, realmente, desde a queda de Adão e Eva, Satanás estava dificultando a volta da humanidade ao Paraíso.
- Como toda a ação dos nossos enviados não foi suficiente para sanar os problemas - disse o Pai- resolvemos intervir diretamente para libertar nossos filhos e todo o Planeta das garras da escravidão. Ouvimos os clamores do nosso povo. Vamos salvá-lo e destruir os que destroem a Terra. Um dos membros da Trindade irá visitar a Terra para redimir toda a humanidade. O Filho vai pessoalmente, em nome da Trindade, visitar nosso povo, orientá-lo e reuni-lo em torno do Projeto do Reino, pois queremos toda a família unida e reunida.
- Mas antes - esclareceu o Pai - faremos suscitar porta-vozes que anunciarão a ida do Filho. Escolheremos homens iluminados e os orientaremos no sentido de prepararem o povo para a visita.
Assim, vieram os profetas e realizaram o trabalho de preparação. Foram 700 anos de conscientização. Eles anunciaram a vinda de Jesus Cristo, o libertador.
No tempo determinado por Deus, na plenitude dos tempos, um membro da Trindade Santíssima, o Filho, veio para a terra em forma humana e tomou o nome de Jesus. Veio para ficar junto da humanidade até à concretização final do Projeto do Reino.
Com a vinda do Filho, tudo ficou claro: Deus nunca abandona suas criaturas. O poder de Satanás (Lúcifer) não prevalecerá. “Deus, com a força do seu braço, derrubou dos tronos os poderosos e elevou os humildes. Saciou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias”, proclamou Maria Santíssima, mãe de Jesus.
Pois bem, a celebração anual do nascimento de Jesus Cristo, é a renovação da certeza da vitória do amor, da justiça e da paz. Jesus veio para restabelecer o Reino de Deus. Jesus Cristo é Deus conosco, conduzindo-nos à vitória final da liberdade e da justiça. Ele mesmo disse: “Não tenham medo, estarei sempre com vocês”.
O Natal é sempre a renovação da alegria de termos Deus entre nós. Ele, na sua suprema bondade, infinito amor, humildade e compaixão, veio para andar conosco, orientando-nos e nos dando força na caminhada rumo ao Reino. Por isso os anjos disseram: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.
Esta é a mensagem do Nascimento de Jesus: como Deus se solidariza, num grande gesto amoroso de doação, vindo até nós, compreendendo, perdoando nossas fraquezas e nos ajudando, também nós devemos nos solidarizar com nossos irmãos, amando-os, compreendendo-os, perdoando-os e ajudando-os em suas dificuldades.
Rio, dezembro (Natal) de 2011

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