segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

GUERRA

 

 

 

        GUERRA

                           Edmílson Martins

                           Fevereiro/2022

Guerra! Coisa desastrada!

Triste criação humana.

Invenção da estupidez.

Triste prática romana.

Guerra somente divide.

A guerra jamais irmana.

 

Temos que só construir.

Chega de destruição.

Se somos inteligentes

Temos que fazer opção

Praticar somente o bem

Sem medo ou vacilação.

 

Nós somos todos irmãos

Nascemos para viver.

Nossa vida neste mundo

É sempre um reescrever.

Nós somos seres humanos

Precisamos conviver.

 

Guerra significa morte

Temos que viver em paz.

As brigas entre os irmãos

São sempre irracionais.

Viver na paz é preciso

Ter desavenças jamais.

 

Homens brigam e se matam

Deixam de viver a vida.

E criam para o seu mundo

Situações descabidas.

Em vez de juntar esforços

Deixa a Terra dividida.

 

Irmãos matando os irmãos,

Isso não tem cabimento

O mau exemplo de Caim

Causou muito sofrimento.

E trouxe desequilíbrios

Para todos os momentos.

 

Guerra de jeito nenhum

Vamos construir a paz.

Precisamos ser felizes

Neste mundo tão fugaz.

Repudiemos a guerra

Invenção do Satanás.

 

E não vale só ser contra

É preciso fazer mais

Protestemos veemente

Contra as gentes anormais

Que promovem essas guerras

Por valores tão banais.

 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

"É PRECISO QUE ELE CRESÇA E EU DIMINUA"

 

“É PRECISO QUE ELE CRESÇA E EU DIMINUA”.
 (Evang. de
João 3:30)

 

                                     Edmílson Martins

                                      Fevereiro/2022

 

“E preciso que ele cresça e eu diminua”. Foi essa a resposta de João Batista, quando lhe perguntaram sobre o aparecimento de Jesus. E disse que sua missão era preparar os caminhos para a ação de Jesus. Cumpriu sua missão e se retirou de cena.

 

Um dia, na década de 1960, eu estava numa reunião de uma Congregação Mariana, para assistir a uma palestra de um padre, convidado pelo presidente da Congregação. Diante de uma plateia atenta, na sua maioria jovens, o presidente iniciou a reunião dando boas-vindas ao palestrante e vangloriando-se de ser presidente da Congregação por 25 anos.

 

O padre, homem inteligente, profundo conhecedor das Sagradas Escrituras, ouviu atentamente o discurso do presidente, fazendo anotações. Quando lhe foi dada a palavra, ele agradeceu o convite e a acolhida de todos. E, antes de iniciar a palestra, falou sobre  algumas observações anotadas. E a que mais marcou a minha memória foi essa:

“Senhor presidente, peço antecipadamente desculpas pelo que vou dizer: o senhor é um incompetente. Ficou 25 anos à frente da Congregação! Não teve capacidade de preparar pessoas para lhe substituir? Isso é inconcebível”. O presidente ficou com cara de tacho.

 

Nos últimos 60 anos, eu tenho participado ativamente das atividades políticas e sociais, sempre em busca de renovações e mudanças. Uma luta difícil e espinhosa, porque o conservadorismo e as reações contrárias às mudanças são muito fortes. Os que estão no poder sempre se acham insubstituíveis, não querem nunca largar o osso.

 

Por isso, fico triste quando vejo políticos, no mesmo cargo, com cinco, seis, ou mais mandatos consecutivos. Nunca querem contribuir para que outros os substituam. É lastimável. Os partidos deviam ser obrigados a estabelecer como norma: “Nenhum cidadão poderá exercer mais de um mandato no mesmo cargo.” O mandatário teria, também, como missão ajudar outros a se elegerem.

 

Em 1971, companheiros sindicalistas mais experientes convidaram-me para ser candidato à presidência do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Aleguei que ainda não estava preparado para a missão. Eles me disseram que não me preocupasse. Ajudar-me-iam a desempenhar o cargo. E o fizeram.

 

Para as eleições de outubro deste ano de 2022, já vemos a grande quantidade de políticos que se apresentam como candidatos à reeleição. Muitos deles com mais de três mandatos. Não se empenham por renovação. Não promovem novos agentes políticos. Na prática, não querem novas candidaturas. Por isso, temos, no Brasil, uma política velha, sem novidades, sem participação da juventude.

 

Pessoas com mais de 70 anos não deviam ser candidatos a nenhum cargo eleitoral. Sua experiência acumulada devia estar a serviço dos mais jovens, das novas gerações, da construção de novos valores, da preparação da juventude para assumir os destinos do país. É preciso injetar sangue novo, o vigor da juventude na política, para que tenhamos um país sempre em renovação.