domingo, 4 de setembro de 2016

PETRALHAS, METRALHAS E O IMPEACHMENT




PETRALHAS, METRALHAS E O IMPEACHMENT
                    Edmílson Martins
                    Setembro/2016

 Tinha no poder um grupo
Que chamaram de Petralhas,
Que pactuou com um outro
Conhecido por Metralhas,
Que usurpou o poder
Com golpe muito canalha.

Os Petralhas e Metralhas
Juravam fidelidade.
Queriam caminhar juntos
Com perfeita unidade.
Diziam servir ao povo
Com muita honestidade.

Durante tal aliança
O bolo foi repartido.
Cada um com seu pedaço
Tudo estava resolvido.
As coisas andavam bem,
Mesmo com povo sofrido.

Os Petralhas e Metralhas
Governavam o país
E prometiam ao povo
Torná-lo muito feliz,
Defendendo seus direitos
E tudo que lhe condiz

Mas o jogo de interesses
Deixou o povo de lado.
Cada grupo no seu canto
Defendia seu bocado.
Os Metralhas resolveram
Arrumar novo aliado.

E com o passar do tempo
O tal pacto foi ruindo,
Pois o grupo dos Metralhas
Escondido foi traindo,
Juntando-se a outros grupos
Dos Petralhas foi saindo.

Os tais Metralhas queriam
Fatia maior do bolo,
Como isso foi negado,
Resolveram fazer rolo.
Acusaram os Petralhas
Da má prática do dolo.

Usando as grandes fraquezas
Da câmara e do senado,
Armaram com malandragem
Um golpe bem combinado
Para afastar os Petralhas,
Na Lei sendo enquadrados

O tal grupo dos Metralhas
Conseguiu ser maioria
Na câmara e no senado,
Alcançando o que queria:
Destituir os Petralhas
Com bastante euforia.

Este é o quadro triste
Em que vive nossa gente,
Traída e prejudicada
De forma bem deprimente,
Vendo seus representantes
Tornarem-se delinquentes.

Mas o povo brasileiro,
De caráter soberano
Vai logo repudiar
Essa prática de insanos.
Não vai tolerar acordos
Que lhe tragam desenganos.

Não mais alianças vis
Feitas em nome da gente
Queremos com transparência
Acordos mais coerentes
Que possam contribuir

IMPEACHMENT= APEDREJAMENTO




IMPEACHMENT= APEDREJAMENTO
                   Edmílson Martins
                   Agosto/2016

Levaram uma mulher
Para ser apedrejada.
Foi flagrada em pecado
Tem que ser sacrificada.
Assim determina a Lei
Ela tem moral manchada.

Mas o Mestre da Justiça
Ao ouvir a acusação
Falou aos acusadores
Com bastante precisão:
Atire a primeira pedra
Quem não tá na corrupção.

E ninguém atirou pedra
E foram todos saindo
A consciência pesada
Foi dos mais velhos surgindo
Deixando a moça e Jesus
Que lhe deu a mão sorrindo.

Dizendo vá minha filha
Cuidado não peque mais
Siga pelo seu caminho
Sem titubear jamais
E nunca mais dê motivos
Para falsos tribunais.

Agora após dois mil anos
Repetem mesma história
Os tais fariseus de sempre
Com proposta predatória
Fazem a uma mulher
Acusação vexatória.

Como aqueles fariseus,
Senadores, deputados,
Servindo aos podres poderes,
Como eles deformados,
Falam em moralizar
Mas são sepulcros caiados.

Os velhos podres poderes
Com sua torpe ganância
Encontram sempre motivos
Pra fazer sua lambança
E fazem qualquer negócio
Pra aumentar sua poupança.

Criam sistemas perversos
Formados pra corromper
Onde as pessoas se perdem
Sem mesmo saber por quê
Sendo depois condenadas
Pelos donos do poder.

Congressistas  moralistas
Que também são vitimados
Resolvem julgar os outros
Esquecendo seus pecados
Por servirem aos senhores
Que são perversos malvados.