sexta-feira, 24 de junho de 2016

A MORTE DA ONÇA JUMA E A TOCHA















A MORTE DA ONÇA JUMA E A TOCHA OLÍMPICA
                           Edmílson Martins
                           24/06/2016

Mataram a onça Juma
A Tocha foi apagada
A natureza chorou
A perda da sua amada
Essa morte envergonhou
As nossas Forças Armadas.

Os animais da floresta
Decretam luto geral
A bicharada protesta
Contra crime sem igual
Desrespeita a natureza
Quem sacrifica animal.

A bonita onça Juma
Princesinha da floresta
Não podia ser usada
Para uma simples festa
Nem merecia ser vítima
De uma ação tão funesta.

A natureza gemendo
Como em dores do parto
Chora com muita tristeza
Quase sofre um infarto
E diz com muito lamento
Disso tudo já estou farta.

A morte da onça Juma
Transgride o ecossistema
Deixa a Mãe Terra tristonha
E triste este poema
E deixa o Globo Terrestre
Ferido em seu sistema.


Está chorando a Amazônia
A morte da onça Juma
Chora toda a criação
Chora sua irmã Puma
Somente homens não choram?
Não sentem coisa nenhuma?

Essa tal festa olímpica
Já perdeu sua beleza
Pois a morte dessa onça
Feriu toda a natureza
Tirou dos jogos olímpicos
Toda sua singeleza.

Vemos uma tocha acesa
Ao lado da onça morta
Vemos o sangue jorrando
O animal não importa
Vemos soldados armados
Com pratica de ação torta.

FESTAS JUNINAS






FESTAS JUNINAS
                      Edmílson Martins
                       Rio, Junho/2016

Essa festa popular
Me faz lembrar o sertão
Com alguma diferença
Das festas de São João
Que tinham milho e pamonha
Velhos soltando balão.

Festa junina na roça
Festejava São João
Moços em volta à fogueira
Brincavam com coração
“Você vai ser meu cumpadi
Porque mandou São João”.

Tem brincadeiras de roda
Moças vestidas de chita
Estalinhos, bombas, fogos
E muita gente bonita
Homens dançando forró
Com as gentis senhoritas.

No Rio, festa junina,
Também festa popular,
Tem reunião de amigos
Que desejam conversar
Tem forró e tem baião
Para quem quiser dançar.

Tem comidas, tem bebidas
Tem saudades a matar
Tem muita conversa boa
Tem histórias pra lembrar
Tem surpresas, tem amigos
Que voltam a se encontrar.

Essas festas Joaninas
Do bom santo precursor
Que veio mostrar o caminho
Da vida que tem valor
Devemos saborear
Com muita paz e calor.





segunda-feira, 13 de junho de 2016

CARTA A SANTO ANTÔNIO







CARTA A SANTO ANTÔNIO
                        Edmílson Martins
                        13/06/2016
Santo Antônio de Pádua,
Meu santo casamenteiro,
Defenda nossas famílias
Da sanha dos bandoleiros,
Que impõem pesados dotes
Ao bom povo brasileiro.

Santo Antônio franciscano,
Sua opção por pobreza
Marcou a sua História,
Bem repleta de beleza,
Transmitiu pra todo o mundo
O valor da singeleza.

Antônio do pão dos pobres,
Da justiça social,
Ajude-nos a lutar
Por um mundo mais igual,
Onde todos tenham paz
E vida mais natural.

Bom Antônio pregador,
Agora fale aos humanos
Os peixinhos já o ouviram,
Agora fale aos seus manos.
Pois quem sabe hoje os homens
Sejam um pouco mais sanos?

Você, filho da nobreza,
Escolheu vida de pobre,
Mostrou que não é dinheiro
Que faz uma vida nobre,
Mas é a simplicidade
Que só grandeza descobre.

Sua opção por Jesus
O tornou missionário
Você seguiu o seu mestre
E não fugiu do Calvário
Ajude-nos a ser sempre
Ousados visionários.





domingo, 5 de junho de 2016

CARTA A SÃO SEBASTIÃO






CARTA A SÃO SEBASTIÃO
                    Edmílson Martins
                    Rio, 03/06/2016

Prezado Sebastião,
Nosso santo padroeiro,
Proteja nossa cidade
Da sanha dos bandoleiros,
Que massacram nosso povo.
Salve o Rio de Janeiro.

Bom santo Sebastião,
Você que foi perseguido
Pelo Império Romano,
Mas foi por Deus protegido,
Transmita sua coragem
Ao nosso povo sofrido.

Querido Sebastião,
Você foi martirizado
Por imperador tirano.
Livre-nos dos malfadados
Governantes traidores,
Que nos mantêm flagelados.

Contra a peste, fome e guerra
Você foi bom combatente.
Proteja nossa cidade
Da fúria dos delinquentes,
Como bem fez aos cristãos
Na perseguição dolente.

A Irene o socorreu
Das flechadas dos arqueiros.
Salve-nos também das flechas
De governos trapaceiros,
Que martirizam o povo
Por poder e por dinheiro.


Sebastião, venerável,
Você ajudou a vencer
Invasores da cidade,
Que desejavam poder.
Ajude-nos no combate
Ao que nos faz padecer.

Com a Irene e Lucina
Venha salvar a cidade
De bandidos malfeitores,
Que espalham iniquidade,
Deste sistema perverso
Cheio de vícios e maldade.

Nossa Rio de Janeiro,
Cidade Maravilhosa,
Tem tudo pra ser feliz
Tem poesia e tem prosa.
Nos ajude a cultivá-la
Como se fosse uma rosa.