sexta-feira, 21 de novembro de 2014

LOUVAÇÃO AO MAR


   LOUVAÇÃO AO MAR

               Edmílson e Maria José

               Novembro/2014

 

 

Meu lindo e querido mar

Venho aqui te apreciar

E te desejar bom dia

Em tuas águas nadar

Com tuas ondas brincar

Curtindo nossa alegria.

 

Oh! mar de ondas vibrantes

De barcos e navegantes

De baleias e tubarões

De ondas beijando a areia

Como se fossem sereia

Provocando os corações.

 

Oh! mar de infinita grandeza

Louvo tua realeza

Teu poder de criação

És nobre fonte de vida

És a chegada e a partida

A alegria do povão.

 

Oh! mar a tua amplidão

Fascina meu coração

Com a tua majestade

És grandioso e eloquente

Deixando a alma da gente

Ardendo em felicidade.

 

São onze horas, oh! Mar

Preciso me retirar

Foi bom estar ao teu lado

Mas o sol estar queimando

Meu corpo está bronzeando

É preciso ter cuidado.

RESPOSTA AO SOBRINHO POETA


RESPOSTA A UM  POETA POETA

          Edmílson Martins

          Novembro/2014

 

Toninho, caro sobrinho

Vi quando você nasceu

Mas não pude acompanhar

Esse bom talento seu

Esse seu lado poético

Como se desenvolveu.

 

Pensando com meus botões

Acho que seu poetar

Tem a ver com sua origem

Que vem lá do Ceará

Onde ouvimos cordéis

Dos cantadores de lá.

 

Continue fazendo versos

Construindo bons poemas

Isso faz bem ao espírito

E aos cariocas da gema

Você é bom no pensar

Faz poemas sem problemas.

 

Quando à venda da casa

Encontro vamos marcar

Pra combinar o negócio

E venda realizar

Vender você também sabe

E comprador vai encontrar.

 

 

PENSANDO COM MEUS BOTÕES


PENSANDO COM MEUS BOTÕES

                        Edmílson Martins

                         Rio, novembro 2014

 

Eu vi meninos na rua

Amontoados no chão

Dormindo sob as marquises

Sem cobertor, nem colchão

Pensei cá com meus botões

Que cruel situação.

 

Vi uma mulher idosa

No lixo catando pão

Com vergonha de pedir

Preferiu ir ao lixão

Pensei cá com meus botões:

Perversa situação.

 

Também vi uma eleição

Em que gastaram milhões

Candidatos acusados

De praticar corrupções

Que vergonha pro Brasil

Pensei cá com meus botões.

 

Há tanta gente roubando

Os recursos da nação

E Tanta gente com fome

No lixo catando pão

Pensei cá com meus botões

É por causa de ladrão.

 

A atual ordem política

Só favorece o patrão

Fazendo os ricos mais ricos

Com meninos sem colchão

Pensei cá com meus botões

Já chega de podridão.

 

A política da esmola

Causa muita indignação

Reduz muito o ser humano

Causando-lhe submissão

Pensei cá com meus botões

Povo quer ser cidadão.

 

Queremos um país livre

Sem pessoas no lixão

Sem os meninos de rua

Gente que dorme no chão

O povo quer dignidade

Não precisa de esmolão.

DOIS POETAS, DOIS SONHADORES


DOIS POETAS, DOIS SONHADORES

                                 Edmílson Martins

                                 Novembro/2014

 

Partiu Manoel de Barros

Poeta do Pantanal

Seguindo Leandro Konder

Filósofo genial

Foram juntos conviver

No mundo celestial.


Manoel, com seus poemas,

Criando mundo ideal

Leandro, pensando grande,

Queria mundo normal

Os dois juntos nos seus sonhos

Tornaram vida imortal.

 
Manoel, com seu pensar,

Fez do mundo poesia

Leandro, filosofando,

Alimentou a utopia

De um mundo civilizado

Real e sem fantasia.

 
Leandro, meigo filósofo,

Cheio de esperança e ternura,

Queria um mundo melhor

Mais humano, com brandura

Sendo bom educador

Semeou muita cultura.

 
Os dois poetas filósofos

Vendo o mundo desigual

Queriam sociedade

Com justiça social

Com sonho e com poesia

Com beleza e coisa e tal.

 
Leandro, chegando ao Céu,

Logo São Pedro encontrou

Quis com ele debater

Dialética do amor

Diz Pedro, não sou filósofo

Sou somente pescador.

 
Entre, discuta com Paulo

O mestre em filosofia

Só sou especialista

No ramo de pescaria

Agora sirvo ao Senhor

Aqui nesta portaria.

 
Chegou Manoel de Barros

Falando com humildade

Dizendo logo a São Pedro:

“Estou sem eternidades”

São Pedro lhe respondeu:

“Deixe de modestidade”.

 
Entre logo sem demora

E se junte aos imortais

Que recriaram o mundo

Com poemas geniais

E já está aqui lhe esperando

Drummond de Minas Gerais.

 

 

 

 

 

 

 

 

ELEIÇÃO SEM SABOR



ELEIÇÃO SEM SABOR

 

         Edmílson Martins

         23/10/2014

 

Eleição segundo turno

Que votação sem sabor!

Sem sal sem nenhum tempero

Que exala muito fedor

Em vez de ser alegria

É festa de mau humor.

 

Eleição devia ser

Grande sonho de mudança

Infelizmente entre nós

É triste desesperança

Os candidatos e programas

Não inspiram confiança.

 

O povo marcha pras urnas

Como bois aos matadouros

Sem saber que com seu voto

Ao bandido entrega o ouro

E não sabe que o xerife

É do dono do tesouro.

 

Pois o xerife escolhido

Nessa eleição fabricada

Ficará representante

Dos tais donos da manada

Dos donos de gado e gente

Pra quem o povo é nada.

 

Mas não resolve ficar

Somente em lamentação

O povo tem que acordar

Clarear sua visão

E conduzir seu destino

Com firmeza e decisão.

 

O atual jogo político

Que é feito pra enganar

Temos que deixar de lado

Novo modelo criar

Nessa eleição fabricada

Não podemos confiar.

 

Então depois da eleição

Dessa festa do mau gosto

Vamos juntar nossas forças

Pé no chão que o chão está posto

Vamos criar novo Estado

Pra não mais termos desgostos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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